Após 6 meses, média móvel de casos conhecidos de Covid volta a superar 50 mil por dia no país

País tem 620.419 óbitos e 22.718.606 casos registrados do novo coronavírus, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Foram mais de 88 mil novos casos anotados no último dia.

Fonte: G1

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Reprodução: Pixabay.com

O Brasil registrou nesta quarta-feira (12) 88.464 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 22.718.606 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 52.714 - a maior registrada desde 1º de julho do ano passado (quando estava em 54.115), há pouco mais de 6 meses, voltando a ficar acima da marca de 50 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +614%, indicando tendência de alta nos casos da doença.


O país também registrou 138 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 620.419 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 123. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +7%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes da doença.



Evolução da média móvel de óbitos por Covid no Brasil nos últimos 14 dias. A variação percentual leva em conta a comparação entre os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/g1


Sete estados não tiveram registro de morte nesta segunda: AC, AL, AP, CE, RN, RR, e SE. Não houve divulgação de novos dados do estado da Paraíba. A secretaria estadual informou que isso ocorreu devido a instabilidade nos sistemas e-SUS Notifica, Sivep Gripe e SI-PNI.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Instabilidade dos sistemas


Os estados começaram a normalizar na terça-feira (4) a divulgação de números de Covid-19 no Brasil após o apagão de dados do Ministério da Saúde.


Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.


O ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, na sexta (7), normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações tem sido gradual.


Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem os pesquisadores.


"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.


"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.


Brasil, 12 de janeiro


Total de mortes: 620.419


Registro de mortes em 24 horas: 138


Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 123 (variação em 14 dias: +7%)


Total de casos conhecidos confirmados: 22.718.606


Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 88.464


Média de novos casos nos últimos 7 dias: 52.714 por dia (variação em 14 dias: +614%)


Estados


Em alta (12 estados): AL, SE, PA, MT, AC, BA, PI, PR, SP, RO, AM, MG


Em estabilidade (3 estados): MA, PE, TO


Em queda (10 estados e o DF): MS, SC, CE, RS, ES, GO, DF, AP, RN, RJ, RR


Não atualizou (1 estado): PB


Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).


Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.


Veja a situação nos estados



Estados com mortes em alta — Foto: Editoria de Arte/g1



Estados com mortes em estabilidade — Foto: Editoria de Arte/g1



Estados com mortes em queda — Foto: Editoria de Arte/g1


Consórcio de veículos de imprensa


Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal (saiba mais).

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