Suspeitos de corrupção nos Correios depõem nesta terça na PF

Fonte: Globo Online

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O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho chegou por volta das 9h desta terça-feira à sede da Polícia Federal para depor. Ele é o pivô do escândalo de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). À tarde, será ouvido Fernando Godoy, assessor do ex-diretor de Administração Antonio Osório Batista. Ex-chefe de Marinho, Osório também está intimado a depor e deve prestar seu depoimento também nesta terça. Na segunda, no Ministério Público, quem depôs foi o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), apontado por Marinho, na gravação que originou a investigação, como chefe do esquema nos Correios. Jefferson que nega as acusações.

Marinho, Osório e Godoy devem ser indiciados por corrupção e fraude em licitação pela PF. A prisão preventiva dos três foi negada na segunda-feira pela Justiça, em pedido feito pela PF e pelo Ministério Público federal. A lei prevê punição de um a oito anos para crime de corrupção e de dois a quatro anos para fraude em licitações.

Em operação também na segunda, a PF apreendeu computadores, agendas e cópias de contratos na sede da ECT e em apartamentos e escritórios de Osório, Marinho e Godoy. Segundo os agentes, o material apreendido vai ajudar nas investigações.

Marinho foi flagrado em gravação cobrando propina de fornecedores interessados em participar de processo de licitação para venda de equipamentos de informática. Indicado pelo PTB, Marinho deixou claro, segundo as fitas gravadas pelos próprios empresários, que agia em nome do presidente do PTB, Roberto Jefferson. O deputado, em discurso na Câmara na semana passada, negou envolvimento e exibiu carta de Marinho em que o funcionário dos Correios desmentia o que tinha dito na fita.

Acusado por Jefferson de ser um dos responsáveis pela gravação da conversa com Marinho, o capitão da reserva da PM de Minas José dos Santos Fortuna negou participação no episódio e denunciou estar sendo envolvido num complô de grupos que estão em guerra dentro da estatal. Fortuna, que evitava falar do assunto, diz que não conhece o autor do grampo que flagrou Marinho recebendo dinheiro.

- Não gravei, não sei quem gravou nem vou investigar para saber quem foi. Quem tem de dizer de quem é a mão que lhe entregou o dinheiro é o Marinho - diz Fortuna, dono da Empresa Atrium Engenharia, representante de empresas que disputam licitações milionárias nos Correios.

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