O juiz da 2ª Vara Cível da comarca de Governador Valadares, Roberto Apolinário de Castro, condenou o município a indenizar J.D.M., vítima de negligência médica ao ser atendido no Hospital Regional, após acidente de moto. O município terá que pagar à vítima um salário mínimo mensal, a partir da data do acidente, ocorrida em 4 de setembro de 2004, e mais R$ 25 mil, relativos aos danos morais.

J.D.M. contou que foi encaminhado para o Hospital Regional de Governador Valadares, sendo submetido a uma cirurgia no abdômen. Após ter a perna engessada, em função de uma fratura exposta, foi liberado.

Alguns dias depois, ele percebeu que o osso de sua perna direita estava arranhando a pele e o gesso, motivo pelo qual retornou ao hospital para que fosse feito um raio X. Lá foi informado por um funcionário de que o hospital não adotava tal procedimento.

Um mês após o acidente, depois de muita espera, foi feito o exame de raio X e foi constatado que a perna direita do motociclista tinha sido engessada sem o realinhamento, ou seja, continuava na mesma posição desde o acidente. Três meses depois, ele foi novamente internado no hospital para fazer uma cirurgia de realinhamento ósseo.

J.D.M alega que, após a cirurgia, teve cerca de seis centímetros de tíbia retirados, o que provocou o encurtamento da perna devido à perda óssea causada pela negligência dos profissionais que o atenderam.

Segundo o juiz Roberto Apolinário de Castro, ficou comprovado o dano, já que, por falta de condições dos profissionais da saúde do município de Governador Valadares, ou por culpa deles, o motociclista foi atendido de forma inadequada, tendo sua perna engessada sem o cuidado necessário, ocasionando o encurtamento da mesma.