Juiz nega liberdade a médico

Essa decisão, por ser de 1ª Instância, está sujeita a recurso.

Fonte: TJMG

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O juiz sumariante do I Tribunal do Júri, Christian Gomes Lima, negou, nessa terça-feira, o pedido de liberdade provisória do médico Fellipe Ferreira Valle, acusado de atropelar e causar a morte de uma senhora, além de ferimentos em outras pessoas, ao fugir de abordagem policial na manhã do dia 16 de setembro, em Belo Horizonte.

O advogado alegou em defesa do médico o direito dele responder a ação penal em liberdade, por ser réu primário, ter bons antecedentes e possuir residência fixa. Alegou também que a repercussão dos fatos na mídia não possui o poder de fundamentar o prolongamento da prisão. ?Durante a vida que tem pela frente, a lembrança do episódio sempre virá à cabeça do requerente, sendo desnecessária medida de cautela tão drástica como a prisão?, argumentou.

O Ministério Público (MP) contestou o pedido da defesa, declarando que Fellipe praticou atitudes perigosas ao volante, além de desrespeitar as leis de trânsito e rebaixar os níveis de segurança viária. ?Em sua maneira de proceder, o ora Requerente faz apontar, ele próprio, para si mesmo, a necessidade de ser mantido longe das ruas?, frizou. O MP disse ainda que o médico desde o primeiro momento procurou empreender fuga das Autoridades, o que deixou ?bem claro que não aceita submeter-se à voz do Estado?.

Para o magistrado, o fato de o médico possuir residência fixa, bons antecedentes e ser primário não é suficiente para a concessão de liberdade provisória. Pois, segundo a informação do policial militar J.J.S.S., Fellipe praticou os delitos, sendo que, na tentativa de fuga, atingiu um agente de trânsito da BHTRANS, sem prestar socorro. O juiz Christian Gomes alegou também que Fellipe demonstrou ser uma pessoa sem limite, já que cometeu ?diversas infrações de trânsito e, após uma colisão com um ônibus, atropelou uma senhora. Além disso, segundo a decisão, ?Fellipe só parou o veículo após dirigir na contramão e colidir contra outro, este ocupado por três pessoas. O réu possui outras onze infrações de trânsito, sendo duas delas gravíssimas?. O magistrado acrescentou ainda que, por ser médico residente em ortopedia e lidar diariamente com vítimas de acidentes, Fellipe sabe das conseqüências de seus atos.

Essa decisão, por ser de 1ª Instância, está sujeita a recurso.

Processo nº 0024.09.681.384-5

Palavras-chave: liberdade

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