Ipea admite erro em pesquisa sobre estupro e contesta críticas
Para o presidente do instituto, o erro foi "uma fatalidade" e não invalida as conclusões gerais do estudo
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, rebateu as críticas recebidas após a admissão do erro, na última sexta-feira, 4, no estudo sobre a percepção dos brasileiros em relação à violência contra as mulheres, divulgado uma semana antes.
O órgão informou que 26% dos brasileiros, e não 65%, concordam, total ou parcialmente, com a afirmação de que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas".
Para ele, o erro foi "uma fatalidade", não está relacionado a uma suposta perda de foco do Ipea, como sugeriram alguns críticos, e não invalida as conclusões gerais do estudo.
"Foi o famoso erro de planilha", disse Neri, também ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
Destacando a importância de o erro ter sido reconhecido publicamente, Neri comparou o caso a uma troca de dados identificada em um famoso artigo de coautoria de Kenneth Rogoff, professor da Universidade Harvard e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), que seria descoberto ano passado, três anos após publicado.
seu nome sua profissão07/04/2014 18:34
O órgão fez de propósito, agora quer mudar o que reportou para a sociedade. Erro, devemos fechar tal instituto, é só cabide de emprego e de machistas.
Carlos de Carvalho Professor, aposentado07/04/2014 20:53
Dá para acreditar em pesquisas ou será que as de intenção de votos são as únicas \\\"corretas\\\" ?