Governo quer estender campanha do desarmamento a 2005

BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta quarta-feira que o governo pensa em editar uma medida provisória para prorrogar por mais seis meses o período de coleta de armas de fogo na Campanha do Desarmamento.

Fonte: O Globo

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BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta quarta-feira que o governo pensa em editar uma medida provisória para prorrogar por mais seis meses o período de coleta de armas de fogo na Campanha do Desarmamento. A data prevista para o encerramento da campanha é 23 de dezembro, mas o governo quer estendê-la durante o primeiro semestre de 2005. O ministro falou da intenção de editar a MP durante o lançamento da Carta da Saúde pelo Desarmamento, documento do Ministério da Súde e dos secretários estaduais e municipais para mobilizar profissionais da área em defesa do desarmamento da população.

O ministro da Saúde, Humberto Costa, defendeu a mobilização do setor para proibir definitivamente o comércio de armas de fogo no Brasil no referendo popular que será realizado em outubro do ano que vem. Indagado se esta era a posição do governo Lula, Costa respondeu:

- Posso dizer que é uma posição da area da saúde. É uma posição óbvia. A saúde entende hoje que o tema da violência é tema de saúde publica, que nos custa extremamente caro. Não apenas do ponto de vista das vidas que são perdidas mas dos próprios gastos do SUS (Sistema Único de Saúde) - afirmnou.

Thomaz Bastos lembrou que o governo já superou a meta de recolhimento de armas, fixada inicialmente em 80 mil. Segundo ele, até hoje já foram recolhdias 160 mil armas e a nova meta é atingir 200 mil até o fim de dezembro. O ministro da Justiça lembou que o foco da campanha é recolher as armas "dos cidadãos de bem" para evitar mortes fortuitas em discussões de trânsito ou em família. O ministro disse ainda que o "desarmamento dos bandidos" deve ser feito de outra forma, em ações de polícia propriamente.

De janeiro a setembro, o Ministério da Súde gastou R$ 397 milhões com internação de vítimas de violência. No ano passado, 70% dos homicídios ocorridos no país foram praticados por armas de fogo, toalizando 36 mil pessoas.

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