A partir de 2021, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma versão seriada, na qual os estudantes poderão optar por uma prova em cada ano do ensino médio e, ao final, usar a soma das três notas para ingressar na universidade. Porém, a prova tradicional não deixará de existir. Para o professor de Língua Portuguesa e de Redação Carlos André, a medida poderá beneficiar o Sistema Educacional Brasileiro, já que ele terá dados mais consistentes sobre a qualidade da educação.

“Os alunos serão avaliados no primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio e as notas serão juntadas para que no terceiro ano seja avaliada a questão da vaga por meio de um sistema. Porém, é importante lembrar que o aluno poderá dispensar a realização dessas três provas e fazer uma prova única, que é Enem tradicional, ao final do ensino médio”, explica Carlos André.

A princípio, as notas do Enem Seriado poderão ser usadas no Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A utilização no Sistema de Seleção Unificado (SiSU) depende da adesão das instituições públicas de ensino superior.

Indefinições

Apesar de achar a medida benéfica, o professor questiona o momento em que a decisão foi tomada, já que a prioridade deveria ser o Enem deste ano, que ainda carrega uma série de incertezas.

Entre os principais problemas apontados por Carlos André, está a definição de medidas para evitar a contaminação pela Covid-19 no momento da prova, caso ela ocorra neste ano. “Não deixaram claras as medidas para combater o coronavírus. Não se sabe as medidas profiláticas e sanitárias para isso. São preocupações fundamentais”, analisa.