De zero a dez, brasileiro dá nota 4,55 para a Justiça, diz Ipea
Estudo indica que as piores avaliações foram sobre a rapidez, imparcialidade e honestidade
Estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado nesta terça-feira (31) atribui nota média 4,5, numa escala de zero a dez, para as instituições do Judiciário. O levantamento ouviu 2.722 pessoas de perfis variados em todas as regiões.
O Ipea constatou que a avaliação "negativa" aparece nas diferentes faixas de idade, renda, sexo, escolaridade e região. A intenção do instituto foi verificar a percepção do cidadão sobre a Justiça.
“A relativa fragilidade na imagem pública da Justiça é generalizada na população e tende a ser mais negativa entre os que buscaram ativamente a Justiça para a resolução de conflitos ou a realização de direitos”, afirma o estudo.
Segundo a pesquisa, na média nacional, as piores avaliações dos entrevistados são as dos quesitos rapidez, imparcialidade e honestidade. Numa escala de 0 a 4, o item rapidez teve o pior conceito (1,19), seguido pelos tópicos imparcialidade e honestidade, que receberam 1,18. Essas notas, de acordo com o estudo, correspondem ao conceito “mal”. Em nenhum item a Justiça alcançou o conceito “regular”.
Os entrevistados também avaliaram separadamente instituições e representantes da Justiça, como juízes, policiais, promotores, defensores públicos e advogados.
De acordo com o estudo, a Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal recebeu nota 1,81 (numa escala de 0 a 4), a mais baixa entre os avaliados e que pode significar, segundo o Ipea, “desconfiança” da população sobre as investigações.
Para a atuação dos juízes, a nota foi de 2,14 (numa escala de 0 a 4). O melhor conceito foi dado a promotores e à Polícia Federal (2,20).
Para os pesquisadores, esse resultado se deve à divulgação das operações da PF. “Este desempenho tem caráter intuitivo, tendo em vista o alto grau de exposição, geralmente com conotação positiva, de que desfrutaram as operações da Polícia Federal na mídia no passado recente”, afirmam os pesquisadores no levantamento.
Conflitos
A pesquisa também buscou descobrir em que situações o cidadão brasileiro recorre à Justiça.
As respostas mostraram que a probabilidade de se buscar uma saída judicial é maior em casos criminais.
Segundo o Ipea, a possibilidade de se recorrer à Justiça é reduzida quando se trata de negócios entre empresas, cobranças de impostos e demandas sociais, como direitos previdenciários.
A menor probabilidade de se chegar aos tribunais é nas questões de família, consideradas pelos entrevistados as mais importantes numa lista de 13 problemas.
Cesar Augusto autônomo e bacharel em direito01/06/2011 8:21
Brasileiro é muito bonzinho!
David Advogado01/06/2011 9:41
Tá parecendo aquele comercial da SubWay.....\\\"que nota você dá?... Há, 4,55.
Wellington Gonçalves Bacharel em Direito01/06/2011 10:21
Muito boa a pesquisa. A Justiça tem buscado a cada dia o aperfeiçoamento, o que já é um grande passo, porém a população ainda não tem dado o crédito devido porque a Justiça não esta conseguindo resolver com rapidez o que essas pessoas buscam, ou seja, a solução para o seu conflito. Um grande exemplo disso é o recente caso do jornalista Pimenta Neves. 11 anos de espera por uma Justiça. A reflexão é necessária. Muito boa a pesquisa do IPEA.
Pedro Barros Advogado01/06/2011 11:33
Sem comentário...! è uma lástima, não a justiça, mas, os que se propôem ao exercício do mandamus da justiça, que se pressupõem, segurança e dignidade ao cidaão.
Leonardo Guedes Advogado01/06/2011 12:17
Eu dou 2, no máximo! Mas aprovei a iniciativa da pesquisa...
DR: JOÃO LUÍS ALBERTINO ADVOGADO01/06/2011 12:26
E deu muito, mas deu.