CUT: apoio a reajuste antecipado do mínimo depende do valor proposto

As centrais sindicais defendem a antecipação do reajuste do salário-mínimo para janeiro desde que o ganho real seja igual ao que seria concedido pelo governo federal em maio.

Fonte: Globo Online

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As centrais sindicais defendem a antecipação do reajuste do salário-mínimo para janeiro desde que o ganho real seja igual ao que seria concedido pelo governo federal em maio. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira que não importa quando o reajuste será concedido, mas que valor será definido pelo governo.

- A CUT está reivindicando R$ 320. Se for reajustado em maio R$ 320, e se for em janeiro R$ 290, por exemplo, é preferível ficar para maio os R$ 320. Agora, se for aplicar os R$ 320 que seria em maio, evidentemente é extremamente positivo - disse.

Nesta segunda-feira, o vice-presidente do Congresso, senador Paulo Paim (PT-SP), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia antecipar o reajuste com uma medida provisória (MP).

Luiz Marinho e o presidente do Sindicato de Metalúrgicos do ABC, José Lopes Feijó, se reuniram nesta terça-feira com parlamentares do bloco de apoio ao governo no Senado e ouviram a promessa de que os congressistas vão se empenhar nas discussões sobre o reajuste do salário-mínimo do próximo ano. Uma comissão mista será formada no Congresso para tratar do assunto.

Segundo o senador Paulo Paim, o presidente Lula está empenhado em garantir um reajuste em 2005 maior do que o concedido no ano passado. Para o senador, a antecipação pode trazer ganhos reais aos trabalhadores.

- Um número menor em janeiro desde que ele signifique ganho real para o trabalhador, sei que nós vamos construir esse grande entendimento. O presidente sinalizou que o reajuste desse ano será bem maior que o do ano passado.

O parlamentar gaúcho disse ainda que há possibilidade de conceder um reajuste maior do que R$ 300. Paulo Paim lembrou que o ministério da Fazenda está acompanhando as negociações.

- Nunca caminhamos tão bem nas discussões sobre o reajuste do salário-mínimo, o presidente foi muito incisivo. Ele disse: Paim, este ano nós temos que avançar rapidamente e com um aumento real bem melhor do que o ano passado - disse.

A líder do PT no Senado, senadora Ideli Salvatti (SC), diz que a base do governo está empenhada para incluir no Orçamento deste ano a previsão de receitas que permita o reajuste.

- O limite do salário-mínimo é o limite do Orçamento em sua complexidade. Vamos ter que trabalhar. Nada pode ser sinalizado antes de sentar com o governo e colocar os números na ponta do lápis e ver o que é que cabe no Orçamento - explicou.

O relator setorial do Trabalho, Previdência e Assistência Social no Orçamento, senador Sibá Machado (PT-AC), diz que a antecipação para janeiro representaria gastos extras da ordem de R$ 4 bilhões. O parlamentar pretende propor a recomposição progressiva do salário-mínimo. Segundo ele, com o mínimo o cidadão pode comprar hoje uma cesta básica e meia. Com o reajuste em maio de 2005 para R$ 300, o salário teria o poder de compra de 1,7 cestas básicas.

- A idéia é dobrar o poder de compra até 2011 - conclui Sibá.

Na próxima semana, de 13 a 15 de dezembro, a CUT organiza a Marcha a Brasília em defesa do Salário Mínimo. A reivindicação da Central Única de Trabalhadores (CUT) de um mínimo de R$ 320 foi incorporada pela Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT).

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