Transexuais e travestis são mais vulneráveis à exploração sexual, segundo Secretaria de Justiça de SP

Sem família ou amigos, essas pessoas acabam sem ter a quem recorrer e são submetidas à prostituição para saldar dívidas

Fonte: Agência Brasil

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Travestis e transexuais são maioria entre as pessoas que procuraram o Núcleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Nept) da Secretaria de Estado da Justiça de São Paulo. Entre os 154 atendimentos prestados pelo Nept neste ano, 110 foram para travestis ou transexuais. A coordenadora do órgão, Juliana Felicidade Armede, diz que esse "é um grupo de risco vulnerável" à exploração devido ao preconceito.


A situação é agravada, segundo Juliana, porque São Paulo tem uma série de fatores que contribuem para a exploração sexual. Entre os atendimentos do Nept neste ano, 117 foram referentes a esse tipo de abuso. Segundo ela, o estado tem uma malha rodoviária que possibilita a prostituição.


O grande movimento facilita, de acordo com a coordenadora, o aliciamento de pessoas de municípios do interior paulista, como Sorocaba, Campinas e Registro, e de outras partes do país. "Temos pessoas vindo de outros estados."


No caso de transexuais, São Paulo tem atrativos adicionais para esse grupo. Muitas vezes, essas pessoas não têm seus direitos respeitados nas regiões de origem. "A pessoa não é respeitada nem sequer admitida no seu seio familiar", assinala Juliana.


Muitos transexuais que decidem se mudar para São Paulo se endividam com aliciadores para pagar as despesas de viagem. Sem família ou amigos, essas pessoas acabam sem ter a quem recorrer e são submetidas à prostituição para saldar as dívidas.

Palavras-chave: Justiça; Violência; Vulnerabilidade; Transsexuais; Travestis; Exploração

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1 Comentários

wilma souto maior pinto advogada15/11/2011 18:11 Responder

Essa problemática, sem sombra de dúvida é de caráter doentio, que se enquadra dentre as doenças psicológicas.,porisso muito difícil de controle, mesmo com o esforço meritório desse órgão eficiente, interessado em ajudar.;porem ,sem o real interesse daqueles,todo o esforço não resultará positivo Sabemos que existem pessoas dentro dessa classe que conseguem manter discrição, e assim não correm o risco de sofrerem esses dissabores, e até agressões físicas,e com tal procedimento podem sim encontrar emprego ,frequentar escolas, enfim lutar por sua subsistencia . Eles não são assim diferentes porque querem,,sabemos ;já nascem com essa \\\"diferença\\\"alguns até por fator biológico ou ,por algum transtorno psicológico,em sua fase de transição-geralmente na adolescencia - se transformam,; muitos para agredir os próprios pais, por uma série de fatores falhos em sua educação ,na infância..Elas precisam, com certeza de uma assistencia médica do Estado ; Aliás, diga-se de passagem que esse fenomeno já existe desde os primórdios . O fato de estar tão debatido esse tema e tão transparente atualmente, é exatamente a necessidade ,cada vez maior, de quererem APARECER.,com o agravemento da doença .Acreditamos que ,em passando um projeto que está tramitando, no sentido de autorizar a mudança de sexo dessas pessoas, obviamente com o interesse delas , toda essa celeuma será aplacada. NUNCA É DEMAIS LEMBRAR QUE, ENQUANTO PERMANECEREM NESSE ESTADO, SUAS UNIÕES NÃO PODERÃO SER CONSIDERADAS CASAMENTO, E NEM PODERÃO SEREM CONSIDERADOS CASAIS, SE NÃO por força de lei ESPECÍFICA, INCLUSIVE MUDANÇA NA LEI MÁXIMA- C.F. DO PAÍS INCLUSIVE NOS DICIONÁRIOS BRASILEIROS, E NO JURÍDICO. . MESMO ASSIM A NATUREZA VAI FICAR PERPLEXA ! PASMEM OS CÉUS!!!!!!!!!!

Fernando Marinho advogado 16/11/2011 12:38

Quanto preconceito! Por acaso essas pessoas também não são parte da natureza? Por acaso essas pessoas são ETs? Seja lá qual for o motivo, opção, fator genético, qualquer que seja. Como a colega mesmo disse \\\"este fenômeno existe deste dos primórdios\\\". Então acredito que a NATUREZA e os \\\"CÉUS\\\" não guardão qualquer perplexidade ou pasmaceira por uma condição que sempre existiu, NA NATUREZA!!!!!!. Só o ser humano não entendeu ainda o tamanho de sua complexidade, só o ser humano não entendeu ainda que não da pra dividir sexualidade entre os normais (heterosexuais) e os não normais (homo, trans, pansexuais, etc). Onde está o respeito?! É muito triste ver uma colega com uma postura tão retrógrada e reacionária. Uma pena mesmo, afinal, independente de crença ou posição respeito é fundamental, e isto a gente aprende em casa, na escola, e também na faculdade de direito. ABRAM SUAS CABEÇAS E SAIAM DA LIMITAÇÃO IMPOSTA PELA RELIGIÃO!

Fernando Marinho advogado 16/11/2011 12:48

Só pra instigar um pouco a discusão, gostaria de saber a opinião da Sra. Wilma acerca da decisão que condenou o padre pedófilo: http://jornal.jurid.com.br/materias/noticias/padre-condenado-pagar-us-100-milhoes-vitima-em-caso-pedofilia/idp/53782

wilma souto maior pinto advogada 17/11/2011 23:31

Senhor Fernando o meu comentário diz respeito e É DIRIGIDO á matéria sobre a problemática apontada pela Coordenadora do NEPT, não tem nada a ver com religião, muito ao contrário!. Tambem não tenho nada contra a opção sexual dessas pessoas, o que enfatizei sim e repito, ainda por força do constante do tema em tela, é que elas deveriam manter discrição e seguir uma vida aparentemente igual às demais pessoas, como estudar e se preparar para enfrentar um trabalho digno, e,consequentemente, não incorrer no sofrimento ,dissabor enfim, como nos dá notícia a Coordenadora Juliana,ou seja \\\"RECORRER Á PROSTITUIÇÃO PARA SALDAR AS DÍVIDAS\\\".Quanto opinar sobre o crime de Pedofilia praticado pelo padre, não o farei pois não faz parte da notícia em comento. Para o Senhor entender o comentário sugiro que LEIA, primeiramente ,a NOTÍCIA desse JORNAL.

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