Telemar não obtém quórum em assembléia sobre reestruturação
A Telemar não conseguiu quórum suficiente na assembléia desta segunda-feira que decidiria sobre a reestruturação societária para reunir as empresas do grupo embaixo da Oi Participações.
Os planos incluem ainda a ida para o Novo Mercado, deixando a empresa apenas com ações ordinárias.
Uma nova assembléia deve ser convocada pela companhia. Ainda não foi confirmado o percentual de acionistas presentes à AGE desta segunda-feira.
A reestruturação da Telemar prevê uma relação de troca de 2,6 ações preferenciais por 1 ordinária da nova empresa, o que gerou a insatisfação de acionistas preferencialistas.
Por decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somente detentores de ações preferenciais podem votar sobre a reestruturação.
A Telemar precisava de aprovação de pelo menos 50 por cento do capital preferencial para conseguir a reorganização nesta primeira convocação. Caso também não haja quórum na segunda convocação, a CVM permitiu convocação automática de uma terceira, com o mínimo de aprovação reduzido a 25 por cento das ações preferenciais. Ao deixar a assembléia, a aposentada Pabla Alessandra de Viscontte, de 67 anos, relatou que o credenciamento demorou pouco mais de uma hora e que a informação de falta de quórum foi dada pelo advogado que presidia a sessão.
"Eu ia votar contra (a reestruturação). É um absurdo, meu pai tinha um telefone há 50 anos e hoje me informaram que eu só tenho três ações", disse a jornalistas.
Às 12h20, as ações preferenciais da Telemar subiam 1,23 por cento, para 32,85 reais, enquanto o Ibovespa recuava 1,28 por cento. Na máxima do dia, os papéis da Telemar chegaram a subir pouco mais de 4 por cento.