Uma funcionária da creche municipal de Presidente Prudente (interior de São Paulo) foi espancada por um grupo de mães na manhã desta quarta-feira. A mãe de uma aluna de seis anos acusa a servidora de abusar sexualmente de sua filha.

A menina teria hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro) e mielomeningocele (má formação congênita no sistema nervoso), não possuindo sensibilidade no corpo da cintura para baixo.

De acordo com a mãe, a servidora, que é tutora na escola da garota, abusou da criança na hora do banho. "Minha filha não sentia, mas via. E a mulher ameaçava de morte se caso ela contasse alguma coisa", lamentou a mãe.

O caso foi registrado na Delegacia da Mulher , onde foram abertos dois inquéritos, um para apurar a denúncia de estupro de vulnerável- violência contra menores de 14 anos- e outro por lesão corporal  sofrida pela funcionária que foi cercada e espancada com paus e pedras no estacionamento da creche pelas mães inconformadas com o caso.

De acordo com a delegada, a mãe da vítima disse que a menina reclamava de dores abdominais e apresentava sangramentos. Após ser levada ao hospital a médica informou que a garota havia sido vítima de abuso.

A polícia pediu a ficha clínica da menina e afirma que ainda não é possível saber se houve mesmo estupro de vulnerável. "É preciso esperar o laudo do IML para saber se as lesões que a garota apresenta caracterizam crime sexual", disse a delegada.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que será aberto um "processo administrativo para apurar responsabilidade" no suposto abuso sexual. A pasta afirmou que, antes do episódio desta quarta, não havia nenhum registro ou reclamação sobre o caso.