Sancionada lei contra sacolas plásticas em SP

Texto entrou em vigor nesta quinta-feira. Comerciantes terão até 31 de dezembro para se adequar

Fonte: G1

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Entrou em vigor nesta quinta-feira (19) a lei 15.374, que proíbe a distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas a consumidores em todos os estabelecimentos comerciais no município de São Paulo.


O texto sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab havia sido aprovado na terça-feira (17) pela Câmara Municipal de São Paulo.


Substitutivo ao projeto de lei 496/2007, obteve 31 votos a favor, cinco contra e 12 abstenções.


As penalidades para quem descumprir a lei são as previstas na lei federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.  O valor da multa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões.


O vereador Aurélio Miguel (PR) contestou a tramitação do projeto e disse na terça-feira que vai recorrer à Justiça. Ele argumentou que o texto substitutivo não passou pela análise das comissões de Justiça, Política Urbana, Finanças e Transportes.


O presidente da Câmara, José Police Neto, mostrou outros três projetos que foram aprovados por meio do método utilizado nesta terça-feira, segundo o qual, textos substitutivos lidos em plenário estão automaticamente aprovados para votação caso as comissões não se manifestem em 48 horas. Neste caso, segundo o vereador Cláudio Fonseca, o texto foi lido no dia 11


Os shoppings e supermercados terão até o dia 31 de dezembro deste ano para se adaptarem à lei. Durante este período, os supermercados terão de exibir cartazes, de 40 cm x 40 cm, com os dizeres “Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis.” A fiscalização caberá à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.


A lei náo se aplica às embalagens originais das mercadorias, às embalagens de produtos vendidos a granel e às embalagens de produtos alimentícios que vertam água.  Também diz que os fabricantes ficam proibidos de inserir em sacolas plásticas a rotulagem degradáveis, assim como as terminologias oxidegradáveis, oxibiodegradáveis, fotodegradáveis e biodegradáveis. Também ficam proibidas mensagens que indiquem vantagens de tais produtos.


Na dia 9, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou um protocolo de intenções entre o governo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para a realização de estudos e adoção de ações de substituição das sacolas à base de petróleo utilizadas nos supermercados do estado. A entidade apresentou um cronograma prevendo o fim da oferta das sacolinhas nos supermercados até 25 janeiro de 2012.


O texto substitutivo do projeto, que passou pelo crivo do colégio de líderes dos partidos, baseou-se em ao menos outros sete projetos de lei sobre o assunto que já tramitavam na Casa desde 2007. O projeto de lei 38/2009, do vereador Claudio Fonseca (PPS), por exemplo, já havia sido aprovado em primeira votação no dia 18 de novembro de 2009 e previa até multa para o supermercado que descumprisse a lei. O  infrator será punido com base na lei federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.


Votaram contra o projeto os vereadores Atila Russomanno (PP), Carlos Neder (PT), Francisco Chagas (PT) Zelão (PT) e Wadih Mutran (PP). Abstiveram-se os vereadores Antônio Carlos Rodrigues (PR) Agnaldo Timóteo, Alfredinho, Aurélio Miguel (PR), Chico Macena (PT), Antonio Donato (PT), Ítalo Cardoso (PT), José Américo (PT), Juliana Cardoso (PT), Milton Leite (DEM), Quito Formiga (PR) e Senival Moura (PT).
 

Palavras-chave: Sacolas Plásticas; Lei; São Paulo; Comércio; Apas

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5 Comentários

Robson S. Q. da Silva Consultor20/05/2011 8:59 Responder

Não posso compreender o por que da insistência dos ambientalistas na afirmação de que os saquinhos plásticos de supermercados levam séculos para se degradarem na natureza. Pelo menos aquelas sacolinhas (de alça), se pulverizam depois da exposição ao sol por alguns dias. Não seria o caso de se criar algum equipamento para acelerar esse processo de degradação, dando-se proveito a esse material, como a reciclagem por exemplo?

DR: JOÃO LUÍS ALBERTINO advogado20/05/2011 10:19 Responder

É de se ficar pensando e muito, para que tanta tecnologia,homem na lua, em mar te, descoberta de vacinas para doentes graves e em estados terminais, como a Aids, e tantas outra doenças, e o Bicho homem, ainda não conseguiu fazer uma SACOLA DE PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL COM PRAZO CERTO PARA SE DETERI- ORAR, E NÃO FAZENDO MAL A NATUREZA,e ela mesma se deterioran do sem fazer mal a natureza.

Daniel Fernandes cosultor de vendas20/05/2011 13:50 Responder

Estão aprovando leis sem analizar, o probremas com mais atenção,sera que viram quantos de pais de familias ficaram desempregados, estima - se que a industria de plastico se emprega cerca de 25.000 pessoas, sem dizer os empregos indireto. Onde este povo todo ira trabalhar? Vão virar politicos? Sera que os pobremas das sacolas não seria um caso de educação e de Governos municipais e Estaduais investirem em Empresas de Reciclagem? Mas é mais facil criar Leis, por que isto promove midia em horario nobre. Estes politicos querem tranferirem o pobremas deles para a população.

Moacyr Lopes da Silva Aposentado.21/05/2011 9:54 Responder

alguem vai ganhar dinheiro com a medida.Até posso entender a insistência em aprovar. A fome mata muíto mais no Brasil e ninguem cria Leis para ajudar a combate-la. Porque será ?

Carla estudante27/01/2012 14:46 Responder

o povo por sua vez, paga por tamanha ignorância... mas pensando pelo lado verde da situação, tudo é adaptável...é questão de disciplina, a palavinha que falta no currículo de pelo menos 10 mil paulistanos....

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