Rio de Janeiro – O governo do Rio de Janeiro anunciou hoje (10) a criação de oito casas de custódia que devem estar prontas até meados do ano que vem. Ao todo, as novas casas terão capacidade para abrigar 4 mil presos custodiados (aqueles que aguardam pelo julgamento). A construção dos espaços, que custará cerca de R$ 95,3 milhões, será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e faz parte do Programa Delegacia Legal, criado em 1999, que vem informatizando as delegacias do Rio e reduzindo as carceragens da Polícia Civil.

O coordenador do Delegacia Legal, César Campos, disse que a meta do governo é acabar com as carceragens até junho de 2011. Desde o início do programa, foram construídas 11 casas de custódias, que hoje abrigam mais de 6 mil presos.

“Com as novas unidades, o Rio de Janeiro será o primeiro estado do país a não ter presos em delegacias. Com isso, todo o efetivo da Polícia Civil estará voltado exclusivamente para atividades de investigação criminal e a condição dos presos será muito melhor do que nas carceragens, geralmente superlotadas. Esse é um grande passo para a melhoria da qualidade da segurança pública”, destacou Campos.

Duas das novas casas estão sendo construídas no Complexo Penitenciário de Bangu, zona oeste do Rio, com previsão de término no fim do ano. Duas serão erguidas em São Gonçalo, uma no complexo de Magé, na região metropolitana, uma na Região dos Lagos, uma na região serrana, e outra em Resende, sul do estado.

Na última quinta-feira (5), foi realizada a licitação para a escolha do responsável pelas obras da Casa de Custódia de Magé. Estão marcadas para o próximo dia 25 as concorrências para as unidades de São Gonçalo e Resende. As próximas serão as licitações para as casas de custódia da Região dos Lagos e da região serrana.

De acordo com César Campos, cerca de 3 mil presos estão em carceragens de 11 delegacias do estado. Atualmente, existem 116 delegacias sem carceragem.