Quadrilha de agiotas é condenada

16 integrantes movimentavam em torno de R$12 milhões por ano

Fonte: TJRJ

Comentários: (7)




O juiz Alberto Salomão Júnior, da 33ª Vara Criminal da Capital, condenou 16 integrantes de uma quadrilha de agiotas que atuava no Rio e em Minas, movimentando em torno de R$12 milhões por ano. C.G.S. e S.J.S.J., chefes do bando, foram condenados a 13 anos e três meses de prisão. Os seus comparsas J.S.C., C.L.S., S.B.R., E.F.R., E.D., T.T.G., G.A.R., A.F.S., H.M.O., B.R.C., D.C.R., M.S.G., J.C.B. e M.L.B. foram condenados, cada um, a 10 anos de prisão.


De acordo com a ação, os réus faziam empréstimo de dinheiro a juros cobrando, posteriormente, valores excessivos e, quando a vítima deixava de pagar, sofria ameaças. As pessoas ou parentes que serviam de referência na hora da contratação também eram ameaçados.  Ainda segundo os autos, cada um dos condenados tinha uma função específica no bando como: captar clientes, atender telefones, realizar as cobranças e controlar o fluxo do dinheiro.


Para o magistrado não restou dúvida quanto à prática do crime pelos acusados. “É notório que os acusados se associaram em bando para a prática dos crimes descritos na denúncia. Desde os primeiros atos do inquérito até o encerramento da instrução criminal, a prática delitiva em questão restou caracterizada. Portanto, em que pese o esforço manifestado pelas ilustres defesas, o crime em comento restou comprovado sem qualquer sombra de dúvida”, afirmou.


O juiz também disse que em todos os momentos da investigação foi possível constatar a ocorrência de práticas ilícitas, consistentes em cobrar, a título de juros, valores muito superiores às dívidas contraídas pelas vítimas, as quais narraram em juízo todo o prejuízo e sofrimento suportado pela conduta delituosa dos agentes. “Culpáveis, por derradeiro, são os acusados, eis que imputáveis e estavam cientes do seu ilícito agir, devendo e podendo deles serem exigidas condutas de acordo com a norma proibitiva implicitamente contida no tipo por eles praticado, inexistindo qualquer causa de exclusão de antijuridicidade ou culpabilidade aplicável ao caso presente”, concluiu o juiz.


Processo nº 0297004-65.2011.8.19.0001

Palavras-chave: Quadrilha Agiotas Condenação Empréstimos Prisão

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/quadrilha-de-agiotas-e-condenada

7 Comentários

MACHADO advogado e escritor jornalista.27/03/2013 11:04 Responder

E OS BANCOS NÃO PRATICAM JUROS SUPERIORES MUITO ALÉM DA DIVIDA ARDILMENTE CONTAÍDA? \\\"TENHO VERGONHA DE MIM\\\".

MACHADO advogado e escritor jornalista.27/03/2013 11:06 Responder

contraida

Maria de Carvalho Dentista31/03/2013 14:03 Responder

Essa Justiça do nosso País é muito falha, muitos ai que matam,sequestram,e fazem coisas muito piores estão ai na rua impunes e muitas vezes até absolvidos. Essas pessoas acusadas saiam de casa cedo para ir trabalhar como qualquer cidadão digno. Agora esses bancos que cobram juros absurdos e não são errados ?? e os juros de cartões de créditos ? eles podem usar e abusar dos juros ?. Essas pessoas acusadas tem família, filhos, uma vida aqui fora, não merecem serem condenados esse tempo todo.

fatima do lar31/03/2013 16:02 Responder

Tenho vergonha desse país, que poe em liberdade uma medica que executa os seus pacientes e deixam atras das grades um pai de família, se há de se condenar teriam que ser condenados aqueles que sabem que agiotagem é crime e que mesmo assim pegam dinheiro emprestado. To indiguinada! Vamos esperar a justiça divina!

fatima mãe, mulher, brasileira31/03/2013 16:09 Responder

não podemos esperar mais de um país que tem a lei Maria da Penha e que deixa as suas mulheres, mães de família serem executadas covardemente!!!

Regina Alves vendedora31/03/2013 21:45 Responder

acho um absurdo condenar esse tempo todo, se eles tivessem matado, roubado, estariam nas ruas, mas estavam trabalhando, não merecem ficar na prisão como se fossem criminosos, não obrigavam ninguém a pegar dinheiro emprestado, as pessoas vão por livre e espontânia vontade, pais e mães de família condenados como se fossem assassinos, não concordo.....e creio na justiça divina, o homem da a sentença que quiser mas a ultima palavra é de Deus....

Laisa Alves Dona de casa31/03/2013 22:02 Responder

Isso é justiça? Justiça seria se os devedores fossem julgados, pois é fácil tomar emprestimo e não pagar. Muitos bancos tomam até casa e bens, e por que não são julgados? Juros até mais alto do que cobravam. Essa decisão foi absurda, nem traficantes são condenados a isso. A justiça dese país é UMA VERGONHA, não tem outra palavra, codenam quem trabalha e deixam na rua os devedores, pois não são obrigados a fazer emprestimos. Mas o juiz dos juizes ainda não deu a última palavra. Deus sim sabe de todas as coisas, pois o homem é falho.

Conheça os produtos da Jurid