Presidente do STJ alerta servidores para o risco da greve

A reivindicação salarial dos servidores do Judiciário é justa, mas eles devem ter o bom-senso de negociar evitando, a todo custo, o recurso da greve, que acaba prejudicando a sociedade.

Fonte: Notícias do Superior Tribunal de Justiça

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A reivindicação salarial dos servidores do Judiciário é justa, mas eles devem ter o bom-senso de negociar evitando, a todo custo, o recurso da greve, que acaba prejudicando a sociedade. Esse foi o conselho dado hoje (18) pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, aos representantes da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal (Fenajufe) que vieram pedir seu apoio às pretensões da categoria na campanha salarial deste ano.

O ministro Edson Vidigal, que concedeu recentemente a jornada de seis horas, antiga reivindicação dos servidores, disse aos líderes sindicais que, ainda que considere justas as reivindicações da classe, não tem como atendê-las porque não dispõe de recursos. Ele lembrou que o Judiciário, embora seja um poder independente, depende do Legislativo na determinação de seu orçamento e está sujeito ainda ao Executivo que, constantemente, contingencia as verbas a ele destinadas.

O presidente do STJ informou que há vários caminhos para se obterem melhores condições de trabalho e até de remuneração, o que pode ser obtido com base no diálogo e na criatividade. Segundo ele, a jornada de seis horas implantada no Superior Tribunal de Justiça é uma prova disso. Além de ter dado melhores condições de trabalho, deixou livre um expediente que pode ser utilizado para a complementação salarial. O objetivo principal, no entanto, foi dar mais agilidade à Justiça, mantendo o trabalho do tribunal em tempo integral para prestar melhor serviço à sociedade. "Esse foi o compromisso assumido pelos servidores com o tribunal e com a sociedade e esse compromisso não pode ser quebrado", disse o ministro.

Para manter o compromisso de melhor atender à população, não há espaço para greve, na opinião do ministro Edson Vidigal. Segundo ele, o risco de um movimento nesse sentido seria perder-se o apoio dado por todos os segmentos sociais à iniciativa adotada pelo STJ. Para o ministro Vidigal, no momento em que se pensa estender a jornada de seis horas para os demais tribunais, com base no êxito obtido pela iniciativa do STJ, uma greve de servidores seria um retrocesso. O presidente do STJ lembrou que está disposto a dialogar com a categoria e que demonstrações positivas por parte dos servidores abrirão portas para que os presidentes dos demais tribunais também se apresentem para o diálogo.

Os representantes da Fenajufe se mostraram dispostos a dialogar com a categoria evitando decisões mais fortes com a determinação de uma paralisação. Estiveram no gabinete do presidente do STJ o coordenador geral da Fenajufe, Roberto Policarpo; o coordenador de Administração e Finanças da Federação, Cláudio Azevedo; e o coordenador de Administração e Finanças do Sindjus-DF, Berilo José Leão Neto.

Marcelo Cordeiro

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