OAB apoia Conselho a banir uso de armas de fogo em protestos

Proposta recomenda às autoridades de segurança federais e estaduais que não usem armas de fogo contra manifestações da sociedade e na execução de mandados de reintegração de posse

Fonte: OAB

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Brasília - Com intensa participação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que sugeriu inclusive emendas de mérito e de redação, resolução  aprovada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) recomenda às autoridades de segurança federais e estaduais que não usem armas de fogo contra manifestações da sociedade e na execução de mandados de reintegração de posse. A resolução foi aprovada em reunião do órgão nesta terça-feira (18), da qual participou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, que tomou posse como conselheiro titular. A sessão foi conduzida pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.


Marcus Vinicius destacou o fato de a resolução do CDDPH ser aprovada, com apoio do Conselho Federal da OAB, um dia depois que recebeu na sede da entidade uma comissão de representantes dos movimentos sociais. Na oportunidade, assegurou  o empenho da OAB pela garantia do direito costitucional à livre expressão e por manifestações pacíficas. “Garantimos aos manifestantes que iríamos, como estamos, lutar pela consecução desse objetivo (garantia do direito de livre expressão e de reunião), de forma que a Ordem tem a oportunidade histórica de participar de uma reunião do CDDPH em que esta resolução é aprovada, com apoio da entidade,  mostrando que estamos nessa linha de atuação”.


O CDDPH aprovou que a atuação do Poder Público deve assegurar, nas manifestações e ações de reintegração de posse, “a proteção da vida, a incolumidade das pessoas, os direitos humanos, de livre manifestação do pensamento e de reunião” – conforme o artigo 1º da resolução. Ao se pronunciar durante a discussão que resultou na aprovação da medida, Marcus Vinicius enfatizou que a proteção da vida das pessoas deve ser a prioridade. “Eventuais danos ao patrimônio podem ser recuperados, reparados e os responsáveis, devidamente punidos; mas a violação ao direito à vida é irreparável, pois não há qualquer forma de reparação à perda uma vida humana”, afirmou, considerando a resolução  sábia quando aponta na direção de priorizar a proteção da vida.


“O Estado não pode perder a cabeça nunca; se o cidadão não pode perder a cabeça, muito menos o Estado”, afirmou o presidente nacional da OAB, observando que, nesse sentido, a proibição de armas de fogo em manifestações públicas será de fundamental importância. “O direito à vida não deve ser relativizado”, destacou nas discussões.


Ele considerou ainda a resolução do CDDPH ponderada quando permite o uso nas manifestações - mesmo assim em casos extraordinários, para proteção da própria atividade das forças de segurança – apenas de armas de baixa letalidade. Assim são consideradas aquelas armas que não objetivem causar danos e até a morte, mas tão somente o afastamento temporário das pessoas.

Palavras-chave: OAB Apoio Conselho Uso Armas Protestos

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1 Comentários

JOAO NOVAIS SERVIDOR PÚBLICO20/06/2013 13:16 Responder

Só uma coisa Srs. do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se aprovado esse projeto vai morrer muitos, e muitos policiais, espancados, pisoteados, por multidão furiosa e desordenadas, como já viram em SP, o policial estava sendo linchado, em serviço, e não podia reagir, pois, os protetores dos vândalos estava filmando, pra punir o PM, que se ñ chegassem outros, e o salvasse, teria sido morto a ponta pé e pauladas .... O povão ñ respeita leis, nem autoridades constituídas, só respeita força e bala, inda que seja de borracha. Se assim ñ focem, nem precisava de policias. O povão desenfreados, irados, drogados, alcoolizados, enfurecidos, só atendem a força, o contra-ataque, com muito vigor, por parte da segurança pública, das policias. Do contrário, pisoteia tudo, e a todos. Imaginem só, 1.000 5.000...100.000, Pessoas, badernando, arruaçando, destruindo, quebrando tudo, que seja nas ruas nos estádios de futebol e outras eventos e concentrações, e uns 50 100, 200 policiais, desarmados, pra botar moral e ordem. Sugiro aos Srs, faça uma experiência, vista uma farda e ou um colete das PCs OU PF, acompanhe os serviços policiais, um dia, uma noite, por pelo menos um mês ou semana, em eventos ou movimentação como que está acontecendo, depois responda se os Srs estão com a razão, ou ñ. Sugiro isto também, aos defensores públicos, aos MPs, alguns parlamentares, e ao Judiciário, e depois deem uma resposta , se são ou não a favor, de policiais andarem bem armados, Ah, sugiro ainda vá sem colete, a prova de balas, e desarmados ok. Os Srs, tem que serem mais coerentes com a realidade humana, e mais realistas e menos imprudentes quando se tratar, da segurança das pessoas, e em suas opiniões, ou será, que são mesmo Burros e imbecis institucionalmente falando? É o que dá a parecer, com tanta incoerência... posso dialogar caso queira certo.

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