Na guerra política da CPI dos Correios, ressurge uma outra CPI

Fonte: Globo Online

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O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), disse nesta quinta-feira no plenário que a Mesa não vai prejudicar o andamento da CPI dos Correios e que ela será instalada assim que for possível, desde que atenda às exigências legais. O requerimento, com assinaturas de 217 deputados e 49 senadores, será lido em sessão conjunta do Congresso na quarta-feira que vem, conforme anunciou também nesta quinta o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

- Esta Mesa não vai criar nenhum obstáculo para se apurar tudo. A CPI vai ser instalada o mais rápido possível, se atender a todos os requisitos regimentais. Temos que fazer tudo para que a sociedade respeite esta Casa - afirmou.

Severino afirmou ainda que vai tomar as medidas necessárias para fazer uma outra CPI funcionar: a do Setor Elétrico, instalada em abril do ano passado para apurar privatizações feitas no mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas que nunca chegou a funcionar. O presidente da Câmara disse não ser o responsável pelo atraso no funcionamento da comissão e assegurou que ele mesmo a fará começar, se os integrantes da CPI não o fizerem.

O deputado Mauro Passos (PT-SC), um dos maiores defensores da CPI do setor elétrico, disse que ninguém estava interessado nela até o surgimento da CPI dos Correios.

- Até antes do episódio dos Correios tenho segurança de que ninguém queria apurar nada (na CPI do setor elétrico). Infelizmente está havendo agora uma disputa de forças utilizando a CPI como instrumento. Estão misturando as duas CPIs e daqui a pouco estão num balcão negociando isso. E enquanto a CPI dos Correios a denúncia é de R$ 3 mil, a do setor elétrico é de R$ 20 bilhões - argumentou.

A decisão de marcar a leitura do requerimento da CPI dos Correios para a próxima quarta dá mais tempo ao governo para tentar convencer parlamentares da base aliada a não apoiarem a CPI. Nesta quinta, quatro deputados do PL tiraram seus nomes do requerimento, mas a oposição tem uma ampla margem de assinaturas para garantir a abertura da CPI. O mínimo necessário de assinaturas é de de 27 senadores e 171 deputados. As assinaturas foram conferidas nesta quinta, mas a lista pode aumentar ou diminuir até o dia da leitura do requerimento.

Após a leitura na sessão conjunta no Congresso, os líderes terão que indicar os membros de cada partido para que a CPI possa de fato começar a funcionar.

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