O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da comarca de Uberaba condenou o mestre de obras L.J.P. pelo assassinato da ex-namorada, a estudante de medicina V.A.L. e pela ocultação do cadáver. Foram consideradas as qualificadores de motivo torpe – a vingança pelo fim do relacionamento – e dissimulação, que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima. O júri começou às 9h30 de 26 de novembro, no Fórum Melo Viana, e terminou por volta das 18h.
 
 
O juiz Fabiano Garcia Veronez, da 2ª Vara Criminal de Uberaba, fixou a pena em 16 anos de reclusão em regime inicial fechado e dez dias-multa, negando ao réu o direito de recorrer em liberdade. Além disso, o magistrado determinou o pagamento de indenização de R$ 20 mil, como reparação por danos morais, à família da vítima. Como o mestre de obras está preso na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira desde 2008, o tempo que ele já cumpriu será descontado do total da pena.
 
 
Foram ouvidas duas testemunhas de defesa; outras duas foram dispensadas. Em seguida, o réu foi interrogado e, pela primeira vez, confessou o crime. Depois, teve a palavra o Ministério Público. O promotor Eduardo Pimentel de Figueiredo, em sua argumentação, apresentou aos jurados os instrumentos de trabalho de L., utilizados para matar a jovem. A defesa do réu coube à advogada Vera Lúcia Coimbra Roso.

Processo n°: 2416655-64.2008.8.13.0701