Lobão é condenado a 22 anos de prisão

As atividades da quadrilha de Lobão eram investigadas desde 2001 pelo Ministério Público Federal em São Paulo.

Fonte: Notícias da Procuradoria Geral da República

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Apontado como um dos maiores contrabandistas de cigarros do país, Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, foi condenado na última quinta-feira, 17 de junho, pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a 22 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsificação de selo de IPI (Imposto de Produtos Industrializados), falsidade ideológica e evasão de divisas.

O juiz federal Fausto de Sanctis também condenou o filho e a mulher do acusado, Tomy Dias Eleutério da Silva e Tânia dos Santos, pelos mesmos crimes, num total de 19 anos e 6 meses de reclusão, e mais cinco pessoas, com penas que variaram de 14 a 4 anos de detenção.

Lobão cumpre pena no presídio Adriano Marrey, em Guarulhos. Preso preventivamente com mais outros quatro réus do processo desde setembro passado, Lobão foi transferido da custódia da PF para o presídio estadual condenação a quatro anos de reclusão em outro processo, por falsificação de moeda.

As atividades da quadrilha de Lobão eram investigadas desde 2001 pelo Ministério Público Federal em São Paulo. Entre 2002 e 2003, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal de Brasília e realizadas pela Coordenação Geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal, durante investigações para apurar o envolvimento de policiais na facilitação de contrabando e adulteração de combustíveis, resultaram na obtenção de provas que determinaram o envolvimento de Lobão com contrabando.

Em julho de 2003, as apurações da PRF foram enviadas ao MPF em virtude das atividades do acusado já serem investigadas em São Paulo. O trabalho investigativo culminou na prisão de Lobão em setembro de 2003. Segundo o procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira, autor da denúncia, a sentença "representa uma resposta à sociedade diante da impunidade no país".

Também envolvido no mesmo esquema, o ex-presidenciável e empresário paraguaio, Julio Osvaldo Dominguez Dibb, será processado pela Justiça Paraguaia. As peças do inquérito que demonstram seu envolvimento foram remetidas ao Paraguai por via-diplomática.

Procuradoria da República no Estado de São Paulo
Assessoria de Imprensa
Marcelo Oliveira

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