Justiça prorroga prisão de corintianos por mortes de palmeirenses
Três corintianos ligados a Gaviões da Fiel continuarão detidos por briga em março em SP que matou três palmeirenses
A Justiça de São Paulo prorrogou por mais um mês a prisão temporária de três corintianos ligados a Gaviões da Fiel, presos desde 4 de abril e indiciados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no assassinato de dois palmeirenses durante briga de torcidas marcada pela internet em 25 de março. O prazo das prisões terminaria na quinta-feira (3). As informações são do Ministério Público e pela Polícia Civil. Até às 10h40 a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) não havia confirmado a decisão judicial.
Entre os corintianos detidos no 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na região central da capital paulista, está D.U., o Metaleiro, ex-presidente da Gaviões. Ele e outros dois membros da organizada respondem pelas mortes de A.l. e G.M., ambos da Mancha Alviverde na Zona Norte.
"A Justiça também renovou o mandado de prisão temporária para mais quatro corintianos suspeitos de matar os dois palmeirenses em março. Esses quatro ainda não foram presos", disse o promotor Norberto Joia, que também apura o caso envolvendo palmeirenses suspeitos de matar um corintiano em briga de torcidas em 2011.
“Estamos procurando esses quatro corintianos para cumprir os mandados de prisão”, afirmou o delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Palmeirenses
E um mês após a série de prisões feitas pela Decradi, quem também continua preso é L.L., vice-presidente da Mancha.
Apesar de a Justiça ter determinado que ele e outros dois palmeirenses presos desde 4 de abril e indiciados pelo homicídio do corintiano D.K.S., que era ligado a Gaviões, em agosto do ano passado fossem soltos na quinta-feira (3), quando expirou o prazo da prisão temporária, somente o dirigente da organizada foi impedido de sair da prisão.
O motivo é o fato de L.L. responder também por porte ilegal de arma e munição. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) 3 de Pinheiros, na Zona Oeste, que é de responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Os outros dois palmeirenses que estavam na cadeia do 77º DP ganharam a liberdade na tarde de quinta. A informação foi confirmada nesta sexta pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP (SSP).
Recurso
O presidente da Mancha, Marcos Ferreira, afirmou nesta manhã à equipe de reportagem que os advogados da torcida do Palmeiras vão entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) para que o dirigente responda ao crime solto.
"Acreditamos na inocência do Lucas e dos demais palmeirenses. Eles negam ter matado o torcedor do Corinthians e a Justiça determinou que todos fossem soltos porque não atrapalham a investigação da Polícia Civil. Já o Lucas continua preso porque acharam uma arma na casa dele. Como ele responde a esse outro crime, a SAP informou que ele tem de continuar preso. Mas nossos advogados vão entrar com recurso para que ele responda pelo porte ilegal de arma em liberdade também", disse o presidente da Mancha, Marcos Ferreira.