Justiça nega liberdade a funcionária da Saúde presa por cobrar propina
Defesa pediu liberdade de colaboradora de 28 anos na semana passada
O juiz federal Odilon de Oliveira negou no sábado (21) o pedido de liberdade à funcionária do Ministério da Saúde presa na última terça-feira (17), em Campo Grande, por suspeita de pedir propina ao diretor-presidente do Hospital de Câncer (HC) Alfredo Abrão, Carlos Coimbra.
Em nota enviada ao G1, o Ministério da Saúde informou que "a colaboradora terceirizada foi imediatamente desligada de suas funções e que uma comissão interna de investigação apurará o caso para apoiar a Polícia Federal".
Segundo informações apuradas pela TV Morena, a defesa da suspeita, que tem 28 anos, entrou com um pedido de liberdade na semana passada. Na sexta-feira (20), o Ministério Público Federal (MPF) deu indeferiu o pedido, alegando que não houve falhas na conversão da autuação em flagrante em prisão preventiva, decretada no dia 18.
O juiz federal seguiu a recomendação do MPF e manteve a suspeita presa. Oliveira justificou a decisão com os mesmos motivos alegados na decretação da prisão. São eles: garantia da ordem pública, garantia da colheita de provas, garantia da instrução criminal, garantia da ordem econômica e efetiva aplicação da lei penal.
O magistrado lembrou, ainda, que determinou o afastamento da suspeita do Ministério da Saúde e que, em caso de liberdade, ela está proibida de frequentar a repartição pública.
Propina
A suspeita foi presa em flagrante após receber cheques no valor de R$ 100 mil. A negociação foi gravada pela Polícia Federal (PF). A mulher já havia recebido R$ 50 mil por meio de depósito. A propina seria para liberação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão e de um acelerador linear para radioterapia avaliado em R$ 3,6 milhões.