Isolado desde 2003 em regime diferenciado no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 a oeste de São Paulo), o traficante Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, vai trocar de "lar", por determinação da Justiça.

A decisão foi tomada pelo juiz-corregedor da Vara de Execuções Criminais de São Paulo, Pedro Paulo Ferronato, na última sexta-feira (08). Ele deu um prazo de 15 dias para que a Secretaria de Administração Penitenciária indique um novo presídio para o traficante.

Pela lei federal 10.792, um detento só pode permanecer sob regime diferenciado --que restringe visitas, reduz o horário de sol e proíbe o acesso a aparelhos de rádio e de TV e a jornais e revistas-- durante 360 dias. Beira-Mar está nesse regime há dois anos e dois meses.

A secretaria informou não ter recebido, até a noite desta quarta-feira, nenhum comunicado oficial a respeito da autorização dada pela Justiça paulista para a transferência de Beira-Mar.

De mudança

Beira-Mar deixou o Rio em fevereiro de 2003. Na época, o governo fluminense solicitou ao governo federal sua transferência por considerar que ele, mesmo preso na penitenciária de segurança máxima Bangu 1 (zona oeste), foi o principal responsável por ataques ocorridos nos dois anos anteriores em ruas do Rio, quando ônibus foram queimados e artefatos foram atirados em hotéis e imóveis comerciais.

Depois disso, Beira-Mar esteve em Presidente Bernardes e na sede da Polícia Federal de Maceió (AL), até retornar para Presidente Bernardes. Desde então, a defesa de Beira-Mar tentou por várias vezes transferir o traficante.