A Justiça autorizou o sequestro dos bens dos engenheiros e das empresas envolvidas em um esquema de corrupção envolvendo funcionários do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) e quatro empresas de engenharia. Na semana passada, cinco engenheiros foram presos, três deles trabalhavam no DER em Bauru (SP).

Eles são suspeitos de participar de um esquema que adulterava a quilometragem das viaturas de apoio das rodovias da região de Bauru e Jaú. O valor pago pelo governo do estado para as empresas prestadoras desses serviços era superfaturado.

A TV TEM recebeu um vídeo nesta segunda-feira (28) do momento em que os três engenheiros saíam da delegacia para serem levados à penitenciária de Pirajuí. O primeiro que aparece é R. L. N.. Ao lado dele o ex-diretor regional do DER, D. P. N. L., e por último quem entra na viatura é o engenheiro C. N. J..

Segundo a investigação do Gaeco, parte da quantia desviada ficava com as empresas e a outra parte ia para funcionários do DER, responsáveis por fiscalizar os contratos. O Ministério Público informou que as fraudes aconteciam desde 2010 e mais de R$ 5 milhões foram desviados.

Os engenheiros estão na penitenciária de Pirajuí aguardando vaga para o presídio de Tremembé. Por causa da idade, D. P. N. L. tem prioridade e já conseguiu vaga no Centro de Ressocialização de Araraquara.

Segundo o Gaeco, C. N. J. e D. P. N. L. vão responder por organização criminosa e crime de peculato, que o desvio de dinheiro público e R. L. por associação criminosa e peculato.

O advogado que representa D. P. N. L., disse que, como o caso corre em segredo de justiça, não vai se pronunciar sobre a prisão. O advogado de R. L. informou que também não vai falar sobre o caso.

A produção da TV TEM também entrou em contato com a defesa de Cláudio Nogueira Júnior, mas não teve resposta.

Operação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, o Gaeco, realizou operação na sede do Departamento de Estradas e Rodagens em Bauru (SP) na sexta-feira (25). O grupo investiga um esquema de corrupção envolvendo funcionários do DER e quatro empresas de engenharia.

A assessoria de imprensa do DER informou em nota que está contribuindo com as investigações para apurar a existência de supostas irregularidades.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do departamento em Bauru e também em empresas em São Paulo e Maringá no Paraná. A ação teve apoio das polícias Militar e Civil. Computares, dinheiro e veículos foram apreendidos.

Os detidos foram encaminhados para a sede do Gaeco para prestar depoimento. Ainda na sexta-feira, a Justiça concedeu alvará de soltura para um dos suspeitos, que foi preso em São Paulo. Os demais permanecem presos.