Júri condena acusado de tentar matar mulher em praça pública
O acusado maquinou um plano para matar a mulher e depois cometer suicídio. Convicto, o réu chegou a escrever uma carta de despedida para os filhos
O 1º Tribunal do Júri de Goiânia, sob presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, condenou, nesta terça-feira (17), João da Silva Gomes a cumprir 7 anos e 9 meses de reclusão por tentar matar sua mulher, Adely Batista Lopes, no Jardim Petrópolis. A defesa pediu a desclassificação do delito para lesão corporal, porém o Conselho de Sentença entendeu que o réu deu início a um crime de homicídio e rejeitou a tese.
Conforme os autos, Adely foi casada por 28 anos com João, sendo que o casal passou a ter várias discussões nos últimos dez anos, o que culminou em ameaças e agressões por parte do marido. No ano de 2006, a vítima comunicou ao réu que queria o divórcio. Irado com a notícia, João espancou Adely, parando apenas por causa da intervenção de seu filho e nora. Após o a agressão, a dona de casa registrou ocorrência na Delegacia da Mulher e foi morar com uma irmã.
Na véspera do crime, João soube que a mulher iria viajar para comemorar o aniversário da irmã. Enciumado, maquinou um plano para matar Adely e depois cometer suicídio. Convicto, o réu chegou a escrever uma carta de despedida para os filhos. Armado de uma faca, João rondou a residência da irmã de sua esposa, quando as duas saíram para fazer ginástica com um grupo de idosos em uma praça do setor. Em seguida, João aproximou-se de Adely e a surpreendeu com varias facadas, porém o grupo de pessoas que se exercitava no local pediu socorro. Desse modo, João esfaqueou o próprio corpo para cumprir seu plano, mas foi impedido pelos presentes.
Após o crime, o Corpo de Bombeiros conduziu os feridos até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde o réu foi preso em flagrante, após ter recebido os primeiros socorros.