Juiz é denunciado por prática de falsidade ideológica

O juiz apresentou curriculum vitae, em documento por ele próprio rubricado, no qual afirmou ser portador dos títulos de pós-graduação, pela UFMG, titulação essa indispensável à contratação pelo Unilavras

Fonte: Última Instância - UOL

Comentários: (16)




O MPF (Ministério Público Federal) ofereceu denúncia contra Gigli Cattabriga Júnior, juiz do trabalho, pela prática do crime de falsidade ideológica.Cattabriga declarou ter cursado pós-graduação, mestrado e doutorado na UFMG para ser contratado por faculdade.


O juiz apresentou curriculum vitae, em documento por ele próprio rubricado, no qual afirmou ser portador dos títulos de pós-graduação, pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em Direito Empresarial, com ênfase em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho em 1997, e mestre e doutor pela UFMG, titulação indispensável à contratação pelo Unilavras (Centro Universitário de Lavras).


Na época de sua admissão, o denunciado não exibiu qualquer documento que provasse ser pós-graduado, mestre e doutor pela UFMG. O Unilavras solicitou ao magistrado a apresentação dos documentos comprobatórios desses três títulos acadêmicos, a fim de exibi-los a uma comissão de representantes do MEC encarregada de proceder à avaliação do curso de Direito. O juiz, porém, apresentou apenas declaração particular, deixando de exibir cópia do  pedido de emissão da segunda via dos diplomas. Segundo ele, o pedido teria sido protocolizado na UFMG.


Depois de tentativas frustadas em obter provas sobre os títulos de pós-graduação, mestrado e doutorado do magistrado do trabalho, o Unilavras, por meio de mensagem eletrônica, solicitou a emissão dos documentos ou simples declaração de emissão diretamente à UFMG.


Em resposta, a UFMG informou que “não foram encontrados quaisquer registros de vinculação do referido senhor Gigli Cattabriga nos arquivos desta unidade”. Em novas tentativas realizadas pela Unilavras, a UFMG retornou a mensagem eletrônica com a mesma resposta.


Sem provar os títulos acadêmicos de pós-graduação, mestrado e doutorado pela UFMG declarados em curriculum vitae, o denunciado pediu demissão do quadro do Unilavras.


Ao inserir em seu curriculum vitae, e na declaração (documentos particulares) informações falsas no sentido de ser possuidor dos títulos acadêmicos de pós-graduação, mestrado e doutorado pela UFMG, que sabia inexistentes, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante (sua própria formação acadêmica) e, assim, possibilitar sua contratação como professor universitário pelo Centro Universitário, o denunciado realizou a conduta penalmente relevante descrita no artigo 299 do Código Penal”, explica o procurador regional da República Carlos Alberto C. Vilhena Coelho.


A denúncia aguarda recebimento pelo TRF-1 (Tribunal Regional da 1ª Região)

 

Palavras-chave: Falsidade Ideológica; Denúncia; Juiz;

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16 Comentários

Raimundo Neres Advogado06/09/2011 0:56 Responder

Esse individu0 é um estelionatário não Juiz.A corregedoria precisa apurar esses fatos, a sociedade precisa de resposta rápida e eficaz.

ALOISIO JOSE DE OLIVEIRA advogado06/09/2011 3:32 Responder

E, um ser humano desses ganha mais de R$ 20.000,00 reais/mês. E ainda estão brigando pelo aumento de 14,29% que irão passar dos R$ 30.000,00 reais/mês. Alguma coisa está errada nesse processo todo. O sistema vai inchando até uma hora que o suporte não aguenta mais e aí, explode como um big bang e volta a começar tudo de novo.

marcia oliveira empresaria06/09/2011 9:01 Responder

Ler uma noticia dessa, em muito nos entristece , pois, acredito eu, que o judiciário ainda é o poder que devemos e podemos acreditar. Não devemos igualar a todos por um ato isolado. Esse infeliz deve ter a punição que merece, para que possamos continuar a acreditar que ainda há homens dignos, com caráter e que não coaduna com essas barbáries.

Luiz Gustavo Visentin Advogado06/09/2011 10:11 Responder

Até que ponto o \\\"poder\\\" corrompe o ser humano? Arquivem-se os autos, foi um mero engano do nobre magistrado...

ULISSES ADVOGADO06/09/2011 10:16 Responder

AI EU PERGUNTO: O QUE O CNJ VAI FAZER COM ESTE INDIVIDUO? POIS COMETENDO TAL CRIME SE TORNOU INDÍGNO PARA O EXERCICIO DA MAGISTRATURA, E DIGA-SE DE PASSAGEM, ESTE SUPOSTO JUIZ NÃO PODE PERMANCER NA COMARCA DE LAVRAS/MG, POIS TRATA-SE DE UMA PEQUENA CIDADE ONDE TODOS SE CONHECEM. COMO UM CIDADÃO AGORA PODERÁ ACREDITAR EM UMA SENTENÇA PROLATADA POR ESTE JUIZ? NO MEU CASO, EM QUALQUER COMARCA QUE EU TIVER AÇÃO E LA ESTIVER ESTE JUIZ CATTABRIGA, COM CERTEZA PEDIREI O IMPEDIMENTO DELE. ESPERO QUE O CNJ SEJA TRANSPARENTE E DIVULGUE TAL ATITUIDE E AS PROVIDENCIAS QUE FORAM TOMADAS. QUE TODOS OS ADVOGADOS QUARDEM BEM O NOME DESTE JUIZ.

Nercina Andrade Costa advogada06/09/2011 10:33 Responder

Esse senhor continua exercendo o cargo de Juiz? Cuidado advogados, ele pode estar vendendo sentanças, para copensar o salário de professor. Será que vai dar em alguma coisa?

NELSON J COMEGNIO cfea906/09/2011 12:05 Responder

Antes de formar opiniões lembrem-se que a denúncia é uma peça vestibular acusando um Juiz da prática de falsidade ideológica sem a existência de corpo de delito. Antes de acusar o Magistrado esperem a resposta preliminar à peça de denúncia. Pelos comentários expostos parece que já condenaram o Juiz? Lembro que certa época acusaram um Juiz de vender sentenças para o tráfico de crianças, mas depois tudo era mentira. Melhor esperar o julgamento pelo TRF. Pode configurar calúnia (Art. 138 do CP). Não por outra razão é muito importante ter cuidado em fazer acusações. O melhor na vida é ter paciência e não ser precipitado para não incorrer no erro de ser leviano. A DILMA recentemennte foi acusada publicamente de ter utilizado um título de Doutorado inexistente. Era verdade? Resposta: NÃO. Antes de ficarem escrevendo asneiras contra o Juiz, esperem, vamos ver se o TRF recebe ou não a denúncia.

Gilmar advogado06/09/2011 17:23 Responder

Achei interessante o nome do denunciado, mais apropriado a um advogado: \\\"Cata briga\\\".

ANA advogada06/09/2011 17:33 Responder

SENHOR JUIZ, SE FICAR COMPROVADA A SUA CONDUTA, TENHA VERGONHA NA CARA E DEIXE A MAGISTRATURA...EPA, TIVE UM SONHO....NADA VAI ACONTECER COM ESSE MAGISTRADO...VAI FICAR EM DISPONIBILIDADE E RECEBENDO O GORDO SALARINHO.....ESTAMOS NUM PAÍS CHAMADO BRASIL, ONDE OS RIGORES DA LEI VÃO PARA AS PESSOAS DE COR, PARA AS MOÇAS DA VIDA E PARA AQUELES QUE NÃO TEM DINHEIRO PARA GASTAR COM ADVOGADO.....QUE PAÍS É ESSE???? É O DA IMPUNIDADE.....NÃO TEM JEITO.

José S. de Albuquerque Advogado06/09/2011 17:54 Responder

UM HOMEM PARA SER UM JUIZ, ANTES TEM QUE SER HONESTO, SENÃO, SUAS DECISÕES ESTARÃO SEMPRE SOB SUSPEITA. O QUE MAIS ME CONSTRANGE É TER QUE CHAMAR ELEMENTOS COMO ESSE DE \\\"EXCELÊNCIA/ EXCELENTÍSSIMO\\\".

valeria advogada06/09/2011 19:56 Responder

Parabens para quem o denunciou. Pelo menos um primeiro passo foi dado. Que este estado sirva de exemplo para o Rio Grande do Sul.

Francisco Geraldo Almeida de Oliveira Aposentado06/09/2011 20:20 Responder

Neste caso, para os alunos o importante mesmo é o conhecimento do professor. Títulos pouco importa. Simplesmente por ser um Magistrado, é um ezímio homem culto. Se não deixou a desejar profissionalmente, siga em frente Excelencia, Poucos, bem poucos seres humanos tem o seu conhecimento e cultura. Isso em nada vai denegrir sua carreira. Se todo crime fosse esse, viveria-mos em um paraiso. Continue assim, ensinando para os nescessitados aquilo que tem de sobra, o SABER.

marcia oliveira empresaria08/09/2011 14:00 Responder

Sr. Francisco, concordo c o Sr., quando diz que o que importa para os alunos é o conhecimento do professor. Mas, n podemos concordar com a atitude do Sr. Juiz., não podemos tratar os iguais com desigualdade. Se ele não fosse Juiz, o tratamento seria esse, e como é Juiz o tratamento tem que ser o mesmo. Somos todos iguais perante a lei.

Eliz andrade advogada02/10/2011 17:49 Responder

Cadê o CNJ que nao se manifesta no aso deste falso professor, falso juiz e verdadeiro estlionatário? É necessário tomar uma atitude antes da moda pegar nte à impunidade

Alessandro Ex.trabalhador01/06/2012 13:59 Responder

O quê, vocês acham que ele parou aí?, na falsidade ideológica, eu tenho certeza que ele também é corrúpto, eu mesmo sofri na mão dele em processo que acabaram com minha vida... senhores...este é o nosso Brasil.

Alessandro aposentado03/03/2014 15:38 Responder

Gente, o problema são outros tipos de conduto que esse magistrado teve, ou terá....isso é problemático.

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