João de Deus se torna réu por violação sexual e estupro de vulnerável

Ele está preso no Núcleo de Custódia e nega as acusações. Polícia está fazendo novo interrogatório sobre o crime de posse de arma de fogo.

Fonte: G1

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A juíza Rosângela Rodrigues dos Santos aceitou a denúncia contra João de Deus e, com isso, ele passou a ser réu pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual. Ele foi acusado por dezenas de mulheres de cometer os abusos durante tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde fazia atendimentos. O médium sempre negou os crimes. A informação foi confirmada com exclusividade à TV Anhanguera.


Em nota, o advogado Alberto Toron, que defende o médium, disse que ainda não tem conhecimento da decisão. "De qualquer modo, é importante esclarecer que se trata de uma decisão provisória, sujeita à confirmação após a apresentação da resposta à acusação. Estamos serenos e confiamos na justiça", disse.


Toron esclareceu ainda que, a partir de agora, o médium será citado e, a partir desse momento, começa a correr o prazo de dez dias para a apresentação da resposta da defesa. Nesse momento, além de poder rebater a acusação formulada pelo Ministério Público, será possível listar testemunhas.


A assessoria de imprensa do Tribuna de Justiça explicou que a juíza não vai divulgar detalhes do processo, pois o caso é sigiloso. O caso envolve quatro vítimas, com relação aos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.


João de Deus, que está preso desde 16 de dezembro no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, está sendo ouvido nesta quarta-feira (9) em outro caso: por posse ilegal de arma. A investigação foi aberta pela Polícia Civil após serem encontrados revólveres e pistolas na casa dele durante operações de busca e apreensão.


A delegada Karla Fernandes, que coordena a força-tarefa, chegou por volta das 11h20 ao Núcleo de Custódia. A corporação não divulgou detalhes sobre o interrogatório, que durou cerca de 2h. Esta é a segunda vez que o médium é ouvido pela polícia.


Situação atual


- Ministério Público Estadual de Goiás denunciou João de Deus por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável no dia 28 de dezembro.


- O órgão também recorreu de decisão que determina prisão domiciliar de João de Deus por posse de arma, em 29 de dezembro;


- Médium está preso desde o dia 16 de dezembro;


- Ele é investigado por estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse legal de arma;


- João de Deus já tinha prestado depoimento para a Polícia Civil quando foi preso, e ao MP-GO no dia 26 de dezembro;


- Esposa do médium foi ouvida pela Polícia Civil no dia 26 de dezembro e disse que não sabia de crimes;


- Justiça concedeu prisão domiciliar por posse de armas no dia 27 de dezembro, mas ele segue preso por violação sexual. João de Deus teve habeas corpus negado no TJ-GO e STJ e aguarda decisão do STF;


- Após o médium passar mal na prisão no dia 2 de janeiro, o presidente do Supremo pediu novas informações sobre o estado de saúde de João de Deus à Justiça de Goiás. Juíza Marli de Fátima Naves diz que não havia necessidade de transferência para hospital;


- Diante dessa informação, o ministro Dias Toffoli pediu novo parecer à PGR, que continuou contrária ao habeas corpus.

Palavras-chave: Denúncia Violação Sexual Estupro de Vulnerável Prisão Preventiva Tratamento Espiritual

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