Inadimplência cresceu 12,6% em outubro e compras de Natal preocupam

SÃO PAULO - O consumidor deve ficar atento na hora de fazer dívidas neste fim de ano. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Serasa mostra que a inadimplência da pessoa física aumentou 12,6% em outubro, em relação a setembro.

Fonte: Globo Online

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SÃO PAULO - O consumidor deve ficar atento na hora de fazer dívidas neste fim de ano. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Serasa mostra que a inadimplência da pessoa física aumentou 12,6% em outubro, em relação a setembro. A alta ocorreu em todas as modalidades de crédito, não apenas nos cheques, cujas devoluções por falta de fundos atingiram no mês o segundo maior volume do ano - 2,8 milhões de cheques, o que corresponde a 17 sem fundos por cada mil compensados. Em relação a outubro de 2003, a inadimplência cresceu 8,3%.

- O aumento foi generalizado. Há um crescimento da economia e de empregos, mas ele não resultou ainda em aumento de renda. Com a retomada da atividade econômica, as pessoas estão mais predispostas a consumir, mas nem sempre fazem o planejamento de seu orçamento mensal - diz Marcos Abreu, gerente da Serasa, consultoria de análise de crédito.

Durante todo o ano o crédito para o consumidor este em alta. Segundo dados do Banco Central, até outubro, o volume de crédito para pessoa física cresceu cerca de 20%, mas a renda, deflacionada pelo INPC, caiu 0,85% este ano, ou 4,12% se comparada a outubro de 2003. Para piorar, subiram os preços de energia, telefone, água e gasolina, apertando ainda mais o orçamento doméstico. Abreu explica que, em parte, o crescimento da inadimplência é provocado também pelo maior volume de crédito disponível. Crescem as operações, cresce a inadimplência, já que nem sempre os mecanismos de análise de crédito são usados adequadamente, principalmente no comércio.

Abreu acredita que há risco de a inadimplência aumentar muito nos meses de fevereiro e março de 2005. O consumidor está comprando mais neste Natal e muitos se esquecem que nos primeiros meses do ano terão de pagar impostos como IPTU (imóveis) e IPVA (automóveis). Terão ainda despesas com matrículas e material escolar.

- Se as pessoas não se controlarem a inadimplência pode crescer. Esperamos que o consumidor tenha amadurecido - diz ele.

De janeiro a outubro de 2004 a inadimplência das pessoas físicas cresceu pouco, apenas 1,6%. O percentual é bem menor do que os 5,1% de alta registrados no mesmo período de 2003, em relação a 2002. Os cheques sem fundos representaram 36% do total, seguido por cartões de crédito e financeiras, que no acumulado do ano teve participação de 33%. O valor médio de cada cheque devolvido foi de R$ 453 em outubro. Nos cartões de crédito e financeiras, a dívida média não paga foi de R$ 242. A terceira maior inadimplência ficou com os bancos, equivalente a 29% dos registros e com o valor médio mais alto, de R$ 937. A seguir estão os títulos protestados, que representam apenas 2% do total e têm valor médio de R$ 626.

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