O habeas corpus de Suzane abre precedente para que os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que executaram o crime, também aguardem ao julgamento fora da cadeia.

- A liberdade provisória é uma faca de dois gumes. Eles têm um julgamento pela frente e a gente sabe que o caso é de condenação. Então, se o tempo deles já está sendo computado, por qual razão interromper e começar tudo de novo mais tarde? - questiona Astrogildo Cravinhos, pai dos rapazes, acrescentando que ainda vai consultar os filhos sobre a vontade deles.

Cravinhos ficou emocionado com a liberdade de Suzane.

- Ela estava toda a semana aqui em casa. Era uma alegria só. Tenho saudade disso, porque a casa vivia cheia - diz.

O promotor Roberto Tardelli afirma estar consternado com a libertação de Suzane.

- Só posso lamentar um fato desses. Isso compromete a dignidade da Justiça. Parece que nos iguala, mas todos nós somos diferentes - lamenta. Tardelli diz que está mais parecendo que a cadeia só se destina a determinadas pessoas.

- A Justiça foi muito lenta no caso dela. É inaceitável - diz o professor Luiz Flávio Gomes. Ele estima que o julgamento de Suzane demore pelo menos dois anos.

- Agora o processo de Suzane perde a prioridade, pois ela não está mais presa - afirma Gomes.