Fraude em concursos leva 80 para a cadeia

Fonte: Globo Online

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Depois de uma reunião no Ministério da Justiça, a Universidade de Brasília decidiu suspender por 15 dias as próximas etapas do concurso para agente penitenciário que vinha realizando, até que seja decidido se ele será ou não cancelado. O diretor-geral da Polícia Civil em Brasília, Laerte Bessa, afirmou que vai intimar a diretora do Centro de Seleção e de Promoção da Universidade de Brasília (Cespe), que organizou o concurso de domingo, para prestar depoimento nesta terça-feira.

- Há indícios fortes de que há uma pessoa dentro da central do concurso. No concurso de 2003 já foi comprovada a fraude - disse Bessa

A operação para desmontar uma quadrilha que fraudava concursos públicos já prendeu 80 pessoas: 67 em Brasília, nove em Cuiabá (MT), três em Salvador e um em Valparaíso (GO). Ao todo, a Justiça decretou a prisão de 104 pessoas. De acordo com as investigações, 12 concursos teriam sido fraudados nos últimos 12 anos.

O esquema tem ramificações no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no Centro de Seleção e de Promoção da Universidade de Brasília (Cespe), na Polícia Civil de Brasília e na Polícia Militar do Distrito Federal. O chefe da quadrilha seria Hélio Garcia Ortiz, técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF, que está foragido. Das 23 pessoas que integram o núcleo central da quadrilha, 17 já estão presas.

O esquema começou a ser desbaratado no domingo, quando 48 foram detidas no Distrito Federal e nove no Mato Grosso. Entre os presos estavam 16 servidores do Tribunal de Justiça do DF, dois policiais civis de Brasília e candidatos que faziam prova para agente penitenciário. Mais de 50 mil candidatos disputavam as 368 vagas oferecidas. As prisões começaram uma hora depois do inicio do exame. O Ministério da Justiça informou que está analisando se vai cancelar o concurso.

Segundo a Polícia Civil do DF, a quadrilha vendia gabaritos de concursos ou mesmo a inclusão dos nomes dos interessados na lista de aprovados por até R$ 30 mil. Muitos candidatos beneficiados pelo esquema hoje ocupam cargos de chefia no serviço público.

As investigações começaram no final do ano passado.

- Era uma quadrilha organizada. O principal ponto deles era fraudar os concursos públicos. As prisões continuam e nós estamos atrás do líder da quadrilha, que é o Hélio Ortiz - disse Bessa.

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Aluizio Noronha Junior Técnico Judiciário25/05/2005 13:36 Responder

É UM PAÍS DE LADRÕES, FRAUDADORES, ESTELIONATÁRIOS. COMO DISSE STALISLAW PONTE PRETA:"OU RESTAURA-SE A MORAL OU NOS LOCUPLETEMO-NOS TODOS". PARECE QUE O CAMINHO ESCOLHIDO O DA LOCUPLETAÇÃO.

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