Deputado discorda de sugestões de ministro para mudar Lei Pelé

Em audiência pública da Comissão Especial que analisa mudanças na Lei Pelé (9.615/98), o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) afirmou não acreditar que a revisão da lei possa alterar significativamente a estrutura da lei brasileira.

Fonte: Câmara dos Deputados

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Em audiência pública da Comissão Especial que analisa mudanças na Lei Pelé (9.615/98), o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) afirmou não acreditar que a revisão da lei possa alterar significativamente a estrutura da lei brasileira. Para o parlamentar, a sugestão do ministro do Esporte, Orlando Silva, de alterar de 18 para 21 anos a idade mínima para a transferência de atletas para o exterior, é muito difícil devido à incompatibilização da lei brasileira com a lei internacional. "Seria necessário negociar inicialmente com o Parlamento Europeu, que levaria o assunto à UEFA [Federação Européia de Futebol], o qual, por sua vez, levaria à FIFA [Federação Internacional de Futebol]. Isso seria trabalhoso e demorado", disse o parlamentar, na reunião encerrada agora há pouco.

Além disso, Sílvio Torres considera muito complicado que a Câmara aprove modificações na legislação especificando o futebol como uma atividade diferente das demais áreas de trabalho, como sugeriu o ministro. "Isso confrontaria as leis trabalhistas e dificilmente os deputados aprovariam essa modificação", acrescentou o deputado.

Questão globalizada

O ministro Orlando Silva não concorda com o parlamentar. Para ele é uma questão de adaptação. "Não há solução simples só pela lei do Brasil. Essa é uma questão globalizada. Todas as sugestões do são importantes e ajudam na recuperação financeira dos clubes brasileiros", defendeu.

Em relação à Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, o ministro Orlando Silva é de opinião de que o governo não deve colocar dinheiro para construir estádios de futebol e que, em relação aos investimentos de infra-estrutura, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já prevê parte dos investimentos. "A crise financeira internacional vai gerar revisão do Orçamento, mas não na infra-estrutura. Os investimentos em estádios não podem ser adiantados neste momento, porque a FIFA somente escolherá as cidades sedes em março do próximo ano e, agora, não dá para antecipar quais e quantas serão. Além disso, foram eleitos novos prefeitos, o que levará a novas revisões."

O relator da comissão especial, deputado José Rocha (PR-BA) informou que pretende apresentar seu parecer ainda nesta legislatura.

Palavras-chave: Lei Pelé

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1 Comentários

josé giovannetti advogado09/10/2009 22:43 Responder

josé giovannetti - advogado (ultragiovannetti@hotmail.com) - rio verde, GO 09/10/2009 - 13:50 A Lei Pelé beneficia quem? O Jogador de Futebol que nada produz para a nação? O seu empresário que tem participação ou a totalidade do direito sobre o passe do jogador? Quem foi o grande interessado na aprovação da Lei Pelé? O Governo para arrecadar imposto de renda ou o empresário do atleta? Como explicar que um atleta de futebol venha na justiça pleitear direitos trabalhistas na órdem de R$ 2.000.000,00 (Dois Milhões de Reais)? Se vencedor, quem o pagará? O patrocinador em face do incentivo fiscal ao esporte? Esse patrocinador pagador receberia em troca o abatimento em seu imposto de renda? Então esse imposto de renda que entraria aos cofres públicos não vai entrar porque foi destinado ao jogador de futebol, essa dita importância? Esses R$ 2.000.000,00 (Dois Milhões de Reais) não dariam para construir 200 creches ou 02 hospitais públicos? Quando votaram essa Lei votaram com a cabeça ou com os pés?

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