Cremação de Alencar não prejudica ação de paternidade

No processo, ainda não concluído, Rosemary de Morais, 55, pede para ser reconhecida como filha de Alencar com a enfermeira Francisca de Morais

Fonte: Folha Online

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O vice-presidente José Alencar era réu em um processo de reconhecimento de paternidade e, em vida, se negou a colher material genético para um teste de DNA.


Após a morte dele, a defesa de Rosemary disse que não iria se opor à cremação do corpo do vice.


A Justiça havia considerado a recusa de Alencar em fazer o teste como presunção de paternidade. A defesa do vice recorreu.


A ação está em andamento, mas o advogado de Rosemary, Geraldo Jordan, disse que a cremação não prejudica o processo.


Segundo o Departamento de Genética e Morfologia da UnB, o teste ainda pode ser feito em algum parente de Alencar --a probabilidade de acerto, porém, cai de 99,9% para cerca de 85%.


O advogado da família de Alencar não foi localizado.


As cinzas de Alencar serão depositadas em Itamuri, antigo distrito de Muriaé, onde ele nasceu há 79 anos.


Na tarde de ontem, seu corpo foi cremado no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG), em uma cerimônia reservada a familiares.


O velório do vice-presidente foi visitado por mais de 4.500 pessoas nesta quinta-feira no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, segundo dados da Polícia Militar de Minas Gerais.


No velório no Palácio do Planalto, em Brasília, o público foi de 8.100 pessoas, de acordo com o último balanço da Presidência da República.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que Alencar foi muito mais que um vice-presidente da República.


"Ele foi muito mais que um vice, era mais forte que eu", disse Lula durante o velório de Alencar no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.


Além de Lula, estiveram presentes no velório em Minas a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o senador tucano Aécio Neves, e o ex-presidente Itamar Franco (PPS), entre outros.


Antes de chegar ao palácio, o corpo percorreu as avenidas Antonio Carlos, Afonso Pena e João Pinheiro, em Belo Horizonte, por cerca de 15 km e a cidade parou para acompanhar o cortejo. Na prefeitura, as bandeiras estão hasteadas a meio mastro em sinal de luto.


Na Base Aérea de Minas, o corpo de Alencar recebeu honras militares e foi conduzido até o palácio em uma viatura histórica, modelo de 1959, utilizada em eventos especiais, como o velório do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.

Palavras-chave: DNA; Paternidade; José Alencar; Cremação; Processo

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1 Comentários

Eurides Britto Aposentado do TJMG01/04/2011 21:10 Responder

Opinião a esse respeito ninguém deve expressar, sobretudo face que a recusa do investigado ocorreu, não sendo possível admiti-la como capricho ou matéria de defesa, protelatória apenas. Entretanto, se a recusa partiu da vontade do José de Alencar, o que não deveria ter ocorrer, tendo-se em conta a proclamada honestidade do ex-vice Presidente. Tudo é possível, menos opinar sobre o mérito de tal atitude.

Marcelo da Silva Monteiro Aposentado 01/04/2011 22:55

E assim caminha o Judiciário, aliás a humanindade, ..., esqueci, ..., brasileira! Jocosa a decisão, aliás protelatória e contraditória! Não era o bem-aventurado, Sr. Dr. \\\"DeusNoCéu e José de AlencarNaTerra\\\", o decantado em prosa e verso, como o mais respeitável e perfeito dos brasileiros? Entretanto para o caso Tim Maia, o judiciário carioca, revelou outro entendimento, exumem o cadáver!

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