CNJ aprova recomendação que exige o registro no CRA para profissionais da segurança privada que atuam no Poder Judiciário

O texto orienta os órgãos a adotarem medidas que assegurem a eficiência e a qualidade dos serviços, com observância aos direitos humanos.

Fonte: Enviado por Karen Rodrigues

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Reprodução: Pixabay.com

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, no final do mês de outubro, a Recomendação nº 117 aos órgãos do Poder Judiciário, para que adotem medidas que assegurem a eficiência e a qualidade na contratação de serviços de segurança privada, visando estimular práticas inclusivas, transparentes e de respeito aos direitos humanos.


Elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) instituído pela Portaria CNJ nº 81/2021, que tratou da precarização dos serviços oferecidos pelas empresas de segurança no País, o texto da Recomendação tem como um de seus objetivos principais evitar atos violentos, desproporcionais e discriminatórios, ocorridos no desempenho dos serviços de segurança dos órgãos da Justiça.


“As discussões do Grupo concluíram que a maioria das abordagens indevidas foram feitas por profissionais contratados por empresas irregulares e por profissionais em desvio de função ou sem a devida formação. Dessa forma, o GT debateu os problemas da contratação de empresas à margem da lei e que fornecem serviços de segurança sem respeitar a legislação que rege o setor”, explica Tatiana Diniz, coordenadora do Grupo de Excelência em Segurança - GESEG do CRA-SP e integrante do GT, formado por sugestão do Observatório de Direitos Humanos e criado pelo presidente do CNJ, ministro Luiz Fux.


Em razão disso, segundo Tatiana, o texto da Recomendação determina a contratação de empresas que comprovem autorização de funcionamento válida, emitida pelo Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente (Polícia Federal), com a finalidade de garantir o efetivo controle da atividade e de se fomentar o combate à clandestinidade.


Profissionais registrados no CRA


Entre as exigências que constam no texto, a Recomendação impõe às empresas de segurança que os serviços prestados aos órgãos do Poder Judiciário sejam realizados por profissionais capacitados e com responsabilidade técnica exercida por administradores e demais profissionais da Administração de Gestão de Segurança Privada, com registro no Conselho Regional de Administração - CRA.


Tatiana destaca que, por ser atividade regulamentada, complementar à segurança pública e provedora de proteção a vidas e ao patrimônio, é importante que as empresas contem com profissionais qualificados e registrados.


A Recomendação também orienta que as unidades judiciárias contratem profissionais com formação inicial e continuada em conteúdos de direitos humanos e de combate a todas as formas de preconceito, bem como formem equipes de segurança com diversidade cultural, étnica, racial e de gênero. “As empresas e os profissionais de segurança privada estão cada vez mais envolvidos nesse debate e cientes de sua importância na luta contra a desigualdade e a discriminação”, conclui a coordenadora do GESEG.


Sobre o Grupo de Excelência em Segurança - GESEG - Fundado em 2017, o GESEG tem o propósito de gerar e compartilhar conhecimento da área de atuação da segurança, bem como difundir as melhores práticas do setor, instruindo e fortalecendo os administradores e tecnólogos que se dedicam à área. Outro importante objetivo do grupo é difundir junto ao mercado a importância do profissional de segurança, bem como sua área de atuação.


Sobre o CRA-SP: O Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP é uma autarquia federal, criada em 1968 (três anos após a regulamentação da profissão de Administrador) que, atualmente, reúne cerca de 65 mil registrados, entre pessoas físicas e jurídicas. Embora suas principais funções sejam o registro e a fiscalização do exercício profissional nas áreas da Administração, o CRA-SP tornou-se referência na qualificação de profissionais, ao disponibilizar, de forma gratuita, palestras e eventos em um ambiente onde o conhecimento é tratado como uma poderosa ferramenta, capaz de promover profundas mudanças sociais. Atualmente, o CRA-SP é presidido pelo Adm. Alberto Whitaker.

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