Brasil elege Dilma

TSE confirma a vitória da petista, que será a primeira presidenta a governar o país

Fonte: Marcele Tonelli/ Jornal Jurid

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Dilma Vana Roussef, este é o nome da primeira mulher eleita presidente do Brasil. Em um pronunciamento às 20h13, de ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT. Na manhã desta segunda-feira (1º), com 99,99% dos votos apurados, Dilma acumulava 56,05% dos votos válidos (55.752.092 votos) e José Serra, 43,95% (43.710.422).


Com mais de 55 milhões de votos, Dima foi atriz principal de uma acontecimento histórico no país, se tornando a primeira mulher a presidir o Brasil.


Depois de enfrentar escândalos, brigas e passar por acusações ao longo do período de campanha, Dilma agradeceu em seu primeiro depoimento, realizado ontem à noite, o apoio da população e o engajamento do presidente Lula em sua candidatura e disse que irá governar para todos.


Lula participou de vários comícios e declarou repetidamente o apoio à candidata, o que inclusive rendeu a ele multas por propaganda eleitoral antecipada. Antes da deflagração da campanha, o presidente também se empenhou em montar uma grande aliança política, que, além da adesão de aliados históricos do PT, como PSB e PC do B, incluiu também o PMDB, um dos maiores partidos do país.


Presidente da câmara, o deputado federal Michel Temer será o vice de Dilma.


Histórico da campanha


Apontada pelo Ibope como líder das pesquisas no primeiro e depois no segundo turno, em setembro de 2010, duas denúncias atingiram a campanha da petista. No começo do mês, foi divulgado um esquema de vazamento de dados sigilosos na Receita Federal de pessoas ligadas ao PSDB. Veronica Serra, filha do principal adversário de Dilma, teve o imposto de renda acessado. A oposição culpou a campanha de Dilma pelo fato, mas ela negou relação e defendeu investigações sobre o assunto.


Duas semanas depois, às vésperas da votação em primeiro turno, uma nova denúncia: divulgadas suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil, antes comandada por Dilma Rousseff.Sua sucessora, Erenice Guerra, indicada por Dilma, foi o alvo principal das acusações. Entretanto, ela negou que houvesse vínculo entre as supostas irregularidades e sua campanha.


Após os escândalos, Dilma chegou a oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto do datafolha.


Os episódios foram usados pela campanha do adversário José Serra. Na reta final, o PSDB colocou na internet vídeos com ataques a Dilma.


Durante toda a campanha, a estratégia de Dilma foi afirmar que, caso eleita, daria continuidade ao governo do presidente Lula. Ela propôs ampliar programas que se tornaram populares no atual governo, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Prouni.


Como propostas de governo, Dilma registrou no TSE, de início, um documento polêmico. Aprovado em convenção do Partido dos Trabalhadores, o documento previa tributação de grandes fortunas, fim da criminalização de movimentos sociais, defesa da jornada de trabalho de 40 horas e combate ao monopólio dos meios de comunicação. No mesmo dia, o programa foi trocado por um mais ameno, exatamente o mesmo, mas sem os trechos que provocaram questionamentos


Biografia da presidenta


A presidente eleita nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte (MG). Durante o regime militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, aos dezesseis anos foi presa e torturada.


Gaúcha de coração, no Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Filiou-se ao PT em 2001.


Com formação em economia, Dilma foi secretária de estado no Rio Grande do Sul.


Como ministra da Casa Civil, ela assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de 'mãe do PAC'.


Na Casa Civil, Dilma sucedeu, em 2005, José Dirceu, que deixou o cargo atingido pelo escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido dinheiro para votar a favor de projetos do governo.


No governo, Dilma também ocupou o cargo de ministra das Minas e Energia. Quando Lula se elegeu presidente para o primeiro mandato, sucedendo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela participou da equipe que formulou o plano de governo do PT na área energética e do governo de transição.


Antes de tornar-se candidata, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto em abril de 2009 a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial.


Dilma concluiu o tratamento de radioterapia e disse estar curada. Ela chegou a raspar o cabelo devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses. Boletim médico de agosto deste ano indicou que o estado de saúde da presidente eleita é considerado "excelente".

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3 Comentários

mari tec de enfermagem02/11/2010 15:27 Responder

Parabenizo a nova comandante do nosso país e espero que faça valer a pena a confiança que depositamos nela. Nós profissionais de saúde precisamos ser mais valorizados.

Augusto Shertany Contador02/11/2010 18:41 Responder

Acredito mesmo que a nova presidente do meu sofrido País vai dar continuidade às intenções do atual presidente, e vai mesmo emPACar este grande País.

Geimes Agente11/11/2010 13:10 Responder

Viva!

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