Atos antiéticos: 3 dicas de como reforçar uma cultura ética nas empresas

Por Renato Santos.

Fonte: Renato Santos

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Reprodução: Pixabay.com

Combater os atos antiéticos, comportamentos que não estão em consonância com princípios que regem os valores do que é certo e errado, é um dos desafios de qualquer organização comprometida com boas práticas de governança corporativa e com o desenvolvimento sustentável do negócio.


Aqui, podemos considerar normas sociais como aquelas previstas na Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para consolidar uma cultura ética é necessário colocar em prática ações estratégicas de engajamento e gestão de capital humano. Confira quais são elas:


1. Ter um Código de Ética e Conduta


Esse documento é o que vai apresentar as diretrizes da governança corporativa da empresa. É importante que ele seja escrito de maneira clara e didática, para facilitar a compreensão por todos os perfis de colaboradores.


O material deve definir quais são os dispositivos que a empresa tem para coibir atos antiéticos. Além disso, é essencial que ele disponha sobre as penalizações que a organização pode aplicar, bem como quais são as consequências jurídicas previstas na legislação. A Política de Ética e Conduta da organização deve estar clara para todos os sócios, investidores, colaboradores, clientes e parceiros. Esse alinhamento é essencial para o compartilhamento de boas práticas. Há condutas diárias inadequadas que são reproduzidas por mera ignorância em saber que elas não são corretas, e muitas são embasadas em costumes sociais marcados por preconceitos e maus hábitos.


2. Implementar um canal de denúncia


O canal de denúncia é a principal ferramenta à disposição dos colaboradores para o combate a atos antiéticos. É fundamental que todo o quadro de funcionários saiba da existência desse meio de comunicação. É importante que esteja claro que a denúncia pode ser feita de maneira anônima, reforçando uma política de não retaliação.


Além disso, deve-se garantir que esse canal de denúncia seja disponibilizado também para outros stakeholders do negócio, como clientes e fornecedores. Eles devem se sentir confortáveis para denunciar possíveis atos antiéticos que presenciem. Um ponto que não pode ser negligenciado é a transparência do departamento de compliance. Ele deve compartilhar com toda a plataforma de negócio os indicadores relacionados com as denúncias recebidas e apuradas. As pessoas precisam estar munidas de informações para confiarem na eficácia do canal de denúncia. Dessa forma, elas são estimuladas a o utilizarem quando necessário.


3. Capacitar os colaboradores


A capacitação é a melhor maneira de preparar a empresa, consolidando a cultura contra atos antiéticos. É por meio do alinhamento contínuo, do esclarecimento, que será possível reduzir situações de fraudes, corrupção e assédio, seja dentro do espaço da organização ou no trato com clientes e parceiros.


Uma organização comprometida em alcançar uma conduta ética conquista a credibilidade de diversos agentes importantes no mercado. Ela consolida parcerias sólidas e consumidores promotores da marca. Investir em estratégias para coibir ações antiéticas é primordial para o crescimento de qualquer negócio.


*Renato Santos é especialista em compliance, sócio da S2 Consultoria, empresa especializada em prevenir e tratar atos de fraude e assédio nas organizações, e diretor do IPRC (Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental)

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