Arquivado HC de juiz denunciado por corrupção passiva

De acordo com a denúncia do MP, ele exigiu pagamento de uma empresa, cujo processo de concordata tramitava na vara em que era titular, sob ameaça de decretação de sua falência.

Fonte: STF

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie negou seguimento (arquivou) ao Habeas Corpus (HC 101897) do juiz Fernando Sebastião Gomes, que responde a processo no Tribunal de Justiça de São Paulo por concussão e corrupção ativa (artigos 316 e 317 do Código Penal).


De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele exigiu pagamento de uma empresa, cujo processo de concordata tramitava na vara em que era titular, sob ameaça de decretação de sua falência.


No HC, o magistrado sustenta que o TJ-SP, ao analisar a denúncia, deixou de observar a Lei 11.719/08, tendo sido aplicadas unicamente as regras estabelecidas no Regimento Interno daquele tribunal. E o Regimento Interno não prevê a possibilidade de eventual absolvição sumária após o recebimento da denúncia.


Argumentava, portanto, que houve vício insanável no julgamento e, além disso, sustentou que a conduta deveria ser considerada atípica. Por isso, pedia a anulação do julgamento que recebeu a denúncia ou, alternativamente, o trancamento da ação penal por falta de justa causa ou, ainda, a sua absolvição.


O juiz já recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teve o pedido negado.


Ao analisar os argumentos, a ministra Ellen Gracie determinou o arquivamento do processo porque as questões trazidas ao STF não foram analisadas pelo Tribunal de Justiça local e nem pelo STJ.


Portanto, de acordo com a ministra, a apreciação dos argumentos pelo Supremo de forma originária “configuraria verdadeira dupla supressão de instância, o que não é admitido por esta Suprema Corte”.


Quanto à tese de atipicidade da conduta do acusado, a ministra destacou que a comprovação exige um aprofundado exame de provas, o que não é cabível por meio de habeas corpus.


HC 101897

Palavras-chave: Habeas Corpus Corrupção Passiva Denúncia Empresa Falência

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2 Comentários

DR: JOÃO LUÍS ALBERTINO ADVOGADO.22/09/2010 21:46 Responder

É evidente que deve-se averiguar com extremo rigor a conduta atípica deste magistrado, tendo em vista que a sua \\\"retirada mensal a título de salários\\\",é satisfatória, inclusive para se evitar a chamada corrupção,ativa ou passiva, uma vez,que este cidadão,norteia de uma maneira ou de outra, várias con- dutas em sua sentenças,se esta não fo rem objeto de recursos,e sendo, a sen teça sejá mantida.Portando, deve-se averiguar com extremo rigor, e se for o caso, aposentar o mesmo,com o va lor atribuido a um cidadão que traba lhou a vida toda para receber o que recebe do famigerado \\\"inss\\\".Ele é me recedor deste castigo,e quem ajudou também.

Paulo Roberto Advogado26/09/2010 10:52 Responder

Devidamente comprovada a culpa no caso concreto, penso que deveria haver pena de morte para marginais desse naipe. Indivíduos assim são mais nocivos à sociedade do que qualquer outro marginal, sobretudo porque representam a Justiça e têm na mão o poder de decidir sobre a vida de outras pessoas.

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