Acusado de tentar matar juiz no MT é absolvido

Fonte: Portal Terra

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Sergio Muller, 32 anos, foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio do juiz da 5ª Vara Criminal de Cuiabá (MT), Cezar Francisco Bassan, 63 anos, após julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Sinop. A absolvição saiu por 4 votos a 3. O ex-gerente de churrascaria ficou 10 meses preso sob acusação de ter atirado no juiz após um desentendimento no trânsito, o que o deixou paraplégico. A sentença do júri popular foi anunciada hoje pela juíza estadual, Paula Saide Casagrande às 3h10, após 19 horas de tribunal.

Com a decisão do júri popular a juíza determinou alvará de soltura de Muller. Ao sair do plenário ele recebeu abraços de familiares que assistiam julgamento e foi para casa. A esposa do juiz, Zeolandia Bassan ao encerrar o júri popular estava inconformada. "A justiça dos homens falha, mas a de Deus não. Houve muitas mentiras", falou ao site Só Notícias ao se referir às declarações feitas por Sergio Muller em juízo.

Para a esposa do juiz, que ficou paraplégico, a decisão é difícil de ser aceita na situação em que o marido se encontra. "Bassan está péssimo. Ele me chama à noite até para trocar fraldas. Trabalhamos a vida inteira para chegarmos felizes na velhice e vem um homem e acaba com a vida de meu marido", desabafou emocionada.

O promotor de justiça do Ministério Público Estadual que atuou na acusação, Marcos Bulhões, anunciou que vai recorrer na decisão do tribunal do júri. Bulhões afirmou que parte dos jurados são alunos e ex-alunos do advogado Luiz Gomes Santos, professor de Direito em Sinop que atuou na defesa de Muller. "A decisão dos jurados não têm amparo legal nas provas dos autos. Também houve incidentes durante o julgamento como a negativa da oitiva de um perito criminal sobre o crime", disse Bulhões.

Para o assistente de acusação, advogado Cláudio Alves Pereira, a decisão do júri popular deve ser respeitada, mas tem o mesmo posicionamento do promotor, ou seja, a situação dos jurados é o grande motivo para anulação. Pereira disse que toda a culpa da tentativa de homicídio foi jogada para Fabio Tavares Toledo, que estava junto com Sergio Muller durante o crime.

Toledo irá a julgamento como co-autor da tentativa de homicidio, no dia 22 de novembro. Ele tem antecedentes criminais e estava em regime condicional.

Claiton Lopes que estava junto com Sergio Muller e Fabio Tavares Toledo durante a batida contra o carro do carro juiz foi preso dias após o atentado. Entretanto, foi inocentado, saiu da cadeia e não recebeu acusação do Ministério Público Estadual. Ele estava com Sergio e Fabio bebendo em uma boate antes de irem para o centro da cidade onde houve o acidente e os disparos. Lopes atuou no julgamento como testemunha de acusação e afirmou que foi Muller quem atirou em Bassan.

O advogado de Muller, Luiz Gomes dos Santos, disse que o fator decisivo para a absolvição foi a insuficiência de provas, pois não havia elementos para condenação, de acordo informou o site Só Noticias. O advogado realizou durante o júri uma demonstração de que Sergio Muller não teria feito os disparos da forma como o laudo técnico da perícia estava apontando. Santos chegou a ler no júri popular uma carta criticando o Tribunal de Justiça por não ter concedido habeas-corpus para Muller, que é réu primário e tem bons antecedentes.

Palavras-chave: absolvido

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