Um acordo assinado pela Secretaria Estadual de Defesa Civil, pela organização não governamental (ONG) Care Internacional e o Escritório de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia vai possibilitar a preparação de comunidades fluminenses a reduzir riscos de desastres em áreas vulneráveis do estado, como a região serrana, a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

A Care e o governo do estado vão oferecer cursos na Escola de Defesa Civil, para criar multiplicadores das práticas de prevenção e dos procedimentos de emergência. "A parceria nos dá a possibilidade de chegar ao extremo mais importante e complicado, que é o da organização das comunidades, formando uma rede de autoproteção", destacou o comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões. "Se o morador não for capaz de identificar que a casa dele está em uma área de risco, ele não será nosso parceiro", explicou.

Segundo José Cláudio de Barros, gerente de programas da ONG no Brasil, a formação dos voluntários teve início com 20 turmas de alunos de Nova Friburgo, dez de Petrópolis, dez de Teresópolis e duas de Bom Jardim. Ao todo, 1 mil estudantes das redes municipais começarão o segundo dos cinco módulos do curso, que começou em junho.

O Escritório de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia investiu cerca de R$ 1 milhão na criação da rede, motivado pela dimensão da catástrofe de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram na região Serrana do Rio, depois de chuvas seguidas de enchentes e deslizamentos de terra.

Outros países da América do Sul são beneficiados pelo projeto. "O trabalho é com a comunidade, porque a Defesa Civil tem seus meios de ajudar. Nós acreditamos que o primeiro que te ajuda, quando acontece uma catástrofe na sua casa, é o seu vizinho. O seu vizinho vai chegar antes que qualquer instituição", defendeu Álvaro de Vicente, chefe do escritório da União Europeia.