Trio é condenado a até 12 anos de prisão por matar e queimar homossexual na Rússia
Crime aconteceu no extremo leste do país; pena inclui campos de trabalho forçado
Três homens acusados de esfaquear, espancar e queimar um homossexual em 30 de maio de 2013 foram condenados a até 12 anos e meio de prisão em um campo de trabalhos forçados nesta segunda-feira (3) em Kamchatka, região extremo leste da Rússia.
Com idades variando entre os 18 e os 26 anos, os réus, de acordo com a acusação, atearam fogo à vítima, de 29 anos, pois acreditavam que ela seguia uma "orientação sexual não tradicional”. Os acusados foram condenados a 12 anos e 6 meses, 10 anos e seis meses e 9 anos de confinamento.
Poucas semanas antes, um jovem foi assassinado também por motivos homofóbicos na cidade de Volgogrado. Para o organizador das manifestações do orgulho gay de Moscou, Nikolai Alexeyev, é "preciso educar" a sociedade russa e chamou as autoridades para que renunciem à "retórica homofóbica", segundo a agência Efe.
A homossexualidade é um assunto constantemente em pauta na Rússia. Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Inverno - que começam nesta sexta-feira (07) em Sochi - políticos do país fizeram diversas declarações homofóbicas. Recentemente, o presidente Vladimir Putin afirmou que os gays podem se sentir bem-vindos no evento esportivo, na condição que "deixem as crianças em paz".
A declaração de Putin faz alusão a uma lei, aprovada em junho passado, que proibia a propaganda de “formas não-tradicionais de relações sexuais” na Rússia. A norma tem sido usada para banir paradas gays e eliminar as discussões sobre homossexualidade em jornais e televisões, temendo que jovens menores de 18 anos possam ler ou ouvir sobre o tema. No entanto, ela provocou polêmica no mundo ocidental por ferir direitos humanos. Segundo críticos, trata-se de uma ação discriminatória contra minorias.
seu nome sua profiss?o05/02/2014 11:43
No BRASIL, eles não seriam presos.