TIM: ação ON sobe após maior prazo para possíveis novos interessados

Fonte: Último Segundo

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O mercado já está reagindo às novidades relacionadas ao processo de venda da TIM Brasil. Há pouco, as ações ordinárias da empresa subiam 3,66%, para R$ 11,90, após 35 negócios - na dianteira das valorizações do Índice Bovespa. As PN, que iniciaram o pregão em queda, já inverteram a mão e operam em terreno positivo: ganho mais modesto de 1,32%, para R$ 7,67, depois de 58 transações. Entre terça-feira e hoje, muitas informações circularam no mercado a respeito de possíveis compradores, como sempre ocorre em cenários como esse.

Embora a América Móvil ainda seja considerada a proponente mais forte, o próprio executivo-chefe da matriz italiana, Riccardo Ruggiero, referiu-se ao processo falando em "ofertas", no plural, confirmando a suspeita de que há mais do que um interessado. Ele também informou que pretende concluir o negócio ainda neste ano. De qualquer forma, com o prazo limite sendo o fim de 2006 e não mais as próximas semanas, ainda há espaço para que outros interessados façam seus lances - como em um leilão.

A Deutsche Telekom declarou estudar o mercado brasileiro e essa oportunidade, uma vez que a TIM decidiu vender suas operações móveis aqui. Apesar disso ainda há descrença entre os especialistas a respeito da possibilidade da entrada de novos grupos de telecomunicações no País.

A Telefônica deve ser a mais afetada pelo resultado da alienação da TIM - seja como compradora, seja como espectadora. No primeiro caso, avançará sobre o grupo rival mexicano na disputa pela liderança na América Latina. No segundo, deixará a gigante controlada por Carlos Slim avançar sobre o território brasileiro e em toda a região. O desafio da companhia espanhola é encontrar um meio de participar dessa venda sem impactar seu compromisso de congelar grandes aquisições até o final de 2007, pois prometeu aos investidores dobrar os dividendos até 2009.

Para contornar o efeito de uma aquisição pesada como essa, a Telefónica considera a possibilidade de fazer parcerias com as demais concessionárias de telefonia local nesse investimento. Tanto apenas com a Brasil Telecom, como também agregando a Telemar ao time - revisitando, assim, a disputa ocorrida entre 2003 e 2004 pelo comando da Embratel. Até o momento, porém, não haveria nada fechado, segundo fontes próximas às discussões.

Ao contrário, essas operadoras estariam emitindo tantos sinais de interesse justamente para que os italianos compreendessem a situação e concedessem mais prazo para poderem buscar uma saída consensual. A expansão da Telmex no Brasil, apesar de afetar especialmente os espanhóis, significa maior pressão competitiva para todas as demais empresas - e em todos os segmentos de telecomunicações, dado posicionamento estratégico dos mexicanos em diversos ativos locais.

Coincidência ou não, até ontem, pelo menos, estavam na Espanha reunidos com executivos da matriz o presidente do grupo aqui no País, Fernando Xavier, e o líder do conselho de administração da Vivo, Manoel Amorim. Mesmo depois do encontro de executivos realizados no final de outubro com a estratégia para os próximos três anos, ainda havia assunto relevante a ser tratado na terra natal da operadora. Pouco antes, em meados de outubro, o presidente do grupo, César Alierta, havia afirmado à imprensa internacional que o grupo, apesar do compromisso de economia, pretende investir 10 bilhões de euros até 2009 na América Latina. O montante seria destinado principalmente à ampliação de serviços de telefonia móvel e de banda larga.

Palavras-chave: TIM

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