Surfista paraibano consegue liberdade nos EUA

O paraibano terá de permanecer, pelo menos, 90 dias até o julgamento do caso dele e do amigo Daniel Correia, que foi preso junto com ele no dia 26 de outubro, sob acusação de terrorismo e fornecer falsa informação.

Fonte: OAB - Conselho Federal

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Brasília,01/12/2004 - Deprimido e muito triste. Foi assim que a mãe do surfista paraibano Mizael Mendonça Cabral, preso há 34 dias nos Estados Unidos, definiu o estado emocional de seu filho, após ser liberto da prisão do Departamento de Imigração norte americano no final da tarde desta terça-feira. De acordo com Ângela Mendonça, seu filho transmitiu todo o seu desânimo por estar distante da família num momento difícil como o que ele vem enfrentando há mais de um mês. Imediatamente após tomar conhecimento da liberdade do filho o pai de Mizael, Francisco Cabral, que reside em João Pessoa, ligou para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Edísio Simões Souto, comunicando o fato.

O paraibano terá de permanecer, pelo menos, 90 dias até o julgamento do caso dele e do amigo Daniel Correia, que foi preso junto com ele no dia 26 de outubro, sob acusação de terrorismo e fornecer falsa informação. Os dois permanecerão em liberdade vigiada, com um aparelho de monitoramento preso ao tornozelo que lhes permite se deslocar apenas dentro dos limites da residência da mãe de Daniel.

Além disso, as ligações telefônicas estão sendo ouvidas e limitadas em apenas 10 minutos por vez, com interrupção automática esse tempo. Durante os três meses de prisão domiciliar, os dois rapazes serão acompanhados por um oficial de Justiça que será o responsável direto pela permanência deles no país.

Segundo sua família, Mizael repetiu por várias vezes que não vê a hora de retornar ao Brasil e encontrar as pessoas que ele ama, deixando para trás o país que lhe apresentou uma face dura e perversa. O surfista deveria ter sido posto em prisão domiciliar desde a semana passada, porém, entraves burocráticos impediram a sua liberação. Hilda Patton disse que a primeira frase dita por Mizael ao sair foi de alívio por rever a luz do sol. ?Graças a Deus, estou vendo a luz do sol. Estou tendo a minha liberdade sonhada por tantas noites?, disse ele.

A família de Mizael iniciou uma campanha para arrecadar dinheiro para pagar a Hilda Patton, que arranjou U$ 3 mil para contratar um afiançador, que saudou a dívida (U$ 15 mil) para a liberdade vigiada de Misael, junto ao Estado americano. Desde ontem, quem quiser contribuir poderá depositar qualquer valor na conta-corrente 14385-5, da agência 1619-5, do Banco do Brasil.

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