Servidores federais apontam intransigência e vão continuar em greve

Os servidores federais afirmaram estar dispostos a enfrentar a "intransigência" do governo e se manterão paralisados. A greve atinge 28 órgãos federais, com 370 mil servidores

Fonte: Jornal do Brasil

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Os servidores federais em greve estão dispostos a enfrentar a 'intransigência' do governo e vão manter as paralisações. Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores públicos parados. A greve ganhou a adesão dos agentes da Polícia Federal e dos auditores fiscais agropecuários.


Também estão em greve servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. "Estamos aguardando uma resposta do governo. Até lá, a greve continua", disse Costa.


Na tarde desta quarta-feira, os grevistas promoveram um protesto contra a falta de negociação do governo federal em frente ao Ministério do Planejamento. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 600 pessoas participaram da manifestação. Em seguida, eles seguiram em passeata até o Palácio do Planalto.


Uma reunião entre representantes do governo e das entidades sindicais deve ocorrer entre os dias 13 e 17 deste mês. O governo tem até o último dia deste mês para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.


Segundo o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Pedro Delarue, a categoria não vai aceitar a falta de proposta por melhorias salariais do governo federal. "O governo está irredutível. A alegação principal do governo para a falta de reajuste é a crise internacional. Mas isso não justifica o congelamento de salários desde 2008. O PIB Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país tem subido, mas os salários não acompanharam, então há margem para reajuste", disse Delarue.


Os manifestantes reivindicavam um encontro com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. "Fomos informados que de só o Ministério do Planejamento está autorizado a falar com os servidores. Já falamos com o secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendonça e nada adiantou. Queremos falar com algum ministro. Queremos alguma proposta concreta", acrescentou o presidente da Fonacate.


De acordo com Delarue, há graus diferentes de paralisação. Para ele, a população está sendo prejudicada pela "intransigência do governo, que não está disposto a negociar". "Não estamos sendo ouvidos. Só nos resta fazer greve em busca de melhorias salariais".

Palavras-chave: Greve; Servidor público federal; Intransigência; Poder público

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3 Comentários

ALINE Advogada10/08/2012 14:36 Responder

PELO SERVIÇO QUE ESTÃO PRESTANDO, ESTÃO GANHANDO É MUITO!

eloy hilton de carvalho advogado11/08/2012 21:49 Responder

Culpado. Congresso Nacional que estabelece regras para a decretação de greve. Se a remuneração não sofre redução voltar a trabalhar, jamais. Greve no Brasil significa férias. Fechar rodovias, avenidas, proibir o direito de ir vir, fazer piquetes isto tudo não passade agressão ao direito da maioria.

eloy hilton de carvalho advogado11/08/2012 21:50 Responder

Aliás, no comentario acima leia-se: não estabelece

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