"Eu só quero justiça. Alguém tem que pagar pelo erro, porque o sofrimento não tem como explicar", lamentou o operador de máquinas Rogério Oliveira Teixeira, de 35 anos, pai da adolescente de 12 anos que morreu em um hospital, em razão de erro médico na madrugada deste sábado.

Stephanie dos Santos Teixeira teria dado entrada no hospital São Luiz Gonzaga, zona norte de São Paulo, com dores e diarréia e após receber, por engano solução de vaselina líquida em sua corrente sanguínea acabou morrendo.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo pai da garota, a adolescente foi atendida na tarde de sexta-feira com um quadro de dores abdominais, diarréia e vômito, que poderia caracterizar suposta virose.

Caroline de Fátima Montagno Pereira, de 31 anos, madrasta da jovem, contou que Stephanie foi medicada e recebeu soro. "Ela teve uma melhora, estava bem. A médica disse que esperaria meia hora, daria uma sopa e, se ela não vomitasse, teria alta", afirmou. Conforme a família, nesse período uma enfermeira informou que daria outro medicamento para garota e que logo após a aplicação ela seria liberada. "Logo depois, ela falou para a mãe que a língua estava dormente e que ia morrer."

A adolescente foi transferida às 21h30 de sexta para a Santa Casa, no Centro de São Paulo. Segundo a família, ela sofreu sete paradas cardiorrespiratórias. O pai conta que um dos médicos que tentava reanimá-la alertou a família sobre a gravidade do quadro. "Quando eu cheguei, ele disse que estava fazendo o possível para reanimar porque as chances dela eram mínimas".

A menina acabou morrendo por volta das 0h20 de sábado (4/12). A ocorrência foi registrada como homicídio culposo e encaminhada ao 73º Distrito Policial, para investigação. A Santa Casa informou que vai ser aberta uma sindicância para apurar os fatos.

A Polícia Civil de São Paulo ouve nesta segunda-feira os depoimentos dos médicos e enfermeiros do hospital que participaram da ação que envolveu a morte da jovem.