Qual o futuro das startups no Brasil e na América Latina?

Na contramão dos fundos de capital de risco, Corporate Venture Capital (CVC) cresce no país.

Fonte: Gabriela Schirmer

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Reprodução: Pixabay.com

O ano de 2023 foi extremamente desafiador para as startups e, consequentemente, o ecossistema de inovação precisou passar por um ajuste com diminuição do ritmo de investimentos, aumento do ciclo de avaliação de startups e readequação de valores e rodadas de investimentos. E diante deste cenário, o crescimento no mercado de Corporate Venture Capital (CVC) não foi abalado.


Cerca de 88% das empresas brasileiras têm iniciativas CVSs e fazem investimentos pensando em se preparar para disrupções futuras e buscar novas oportunidades, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP). O número é maior do que a média global, de quase 62%, e revela que o mercado brasileiro percebe o investimento corporativo com mais importância. Gabriela Schirmer, especialista em Direito Corporativo nas áreas de Direito Civil e Direito Societário, destaca que esses dados mostram um amadurecimento do ecossistema de startups e capital de risco. "A implementação do Corporate Venture Capital é estratégia nevrálgica para qualquer empresa que pretenda permanecer relevante no mercado, aliás, arrisco dizer que é questão de sobrevivência. Não há mais espaço para empresas que veem inovação como inimiga, e quem ainda não incorporou a estratégia no planejamento empresarial já está atrás na corrida do ouro", diz.


Os motivos do crescimento e adesão ao CVC podem ser explicados pelas suas diferenças em relação ao Venture Capital (VC), uma vez que no primeiro a meta central não é a rentabilização monetária, mas o resultado estratégico para a corporação matriz, com taxas internas de retorno médio entre 10% a 15%, ao passo que no VC a meta primária é o resultado obtido através do capital de risco. Isso mostra que o investimento via CVC tende a ser mais seguro e mais ajustado à empresa investidora, uma vez que a estratégia é pensada especificamente para suas necessidades.


"Há, contudo, algumas questões importantes a serem consideradas quando falamos em CVC. É fundamental que a corporação desenhe uma boa e coerente estratégia, passando pelo alinhamento de expectativas internas, para que fique claro que não pode ser equiparado ao planejamento feito para a expansão através dos M&As", explica Schirmer, que também é sócia fundadora do PS&S, um escritório de advocacia que integra o Direito a uma visão de negócios para atender clientes da Nova Economia.


*Gabriela Schirmer - Co-fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados, Gabriela tem um grande conhecimento em Direito Corporativo nas áreas de Direito Civil e Direito Societário com ênfase em Venture Capital (VC) e Corporate Venture Capital (CVC). Já realizou inúmeras operações de M&A, VC e CVC e participou de processos estratégicos voltados para a nova economia. Focada em pautas EGS, tem forte atuação social atuando como conselheira no Instituto Ascendendo Mentes, única instituição no Rio Grande do Sul cadastrada na rede Gerando Falcões, que atua no Morro da Polícia em Porto Alegre/RS focado em preparar jovens para o mercado de trabalho de forma competitiva. Junto ao IAM, criou a disciplina de Cidadania e o Projeto Startup, oficina onde os jovens receberam aulas sobre empreendedorismo e montaram suas próprias startups, tendo, ainda, ministrado aulas de empoderamento feminino.


Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados (PS&S) - Escritório de advocacia fundado em 2020, PS&S tem como missão atuar com integridade, qualidade e inovação. Atualmente, está rankeado no TTR entre os escritórios do Brasil com maior número de operações em Venture Capital (VC) no país. Centrado nos temas do Direito Empresarial, com foco em direito societário, fusões e aquisições e direito contratual, o PS&S tem experiência vasta expertise na estruturação quanto na reestruturação de empresas. O principal objetivo é entregar aos clientes soluções jurídicas eficazes e adaptadas às reais necessidades de cada um e que agreguem valor ao negócio e contribuam para uma sociedade melhor.

Palavras-chave: Futuro Startups Brasil América Latina

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