Prêmio de R$ 27 milhões é disputado por marceneiro e ex-patrão em Joaçaba. Desembargadores do Tribunal de Justiça de SC decidem futuro de R$ 25 milhões.

O prêmio do concurso 898 da Mega-Sena - sorteado no dia 1º de setembro deste ano - deve permanecer bloqueado até o próximo ano, segundo o juiz Edemar Gruber, do Fórum de Joaçaba (SC). O valor é motivo de uma disputa entre um marceneiro e seu patrão.

O marceneiro Flávio Júnior Biassi afirma que deu R$ 1,50 e os seis números para que o patrão fizesse a aposta por ele. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro se os números fossem sorteados. O bilhete foi premiado e o patrão desapareceu da cidade.

Segundo Gruber, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina devem decidir o futuro do dinheiro. "O colegiado vai analisar o pedido de desbloqueio das contas bancárias. O prêmio foi transferido para cinco contas. Acredito que essa decisão só saia no próximo ano", disse o juiz.

Ele afirmou que o processo que envolve a disputa entre o marceneiro e o ex-patrão segue normalmente na comarca de Joaçaba. "Enquanto o colegiado não decide sobre o agravo, estou citando seis pessoas envolvidas no processo principal."

Gruber foi o autor do pedido que bloqueou as contas em que estão depositados mais de R$ 27,5 milhões. "O que está confirmado é que o titular da primeira conta conseguiu movimentar cerca de R$ 2,5 milhões. O restante (R$ 25 milhões) está parado."

O juiz explicou ao G1 que o acusado de ter sumido com o bilhete entrou com recurso para liberação das contas, mas o Tribunal de Justiça já optou por manter a decisão da comarca de Joaçaba.

No dia 19 de outubro, o caso foi distribuído para a 4ª Vara Cível do TJ de Santa Catarina. "Não há prazo para que os desembargadores tomem essa decisão. Eles têm autonomia para escolher a pauta", disse Francisco de Assis Lima, advogado do marceneiro.

Segundo Maria Carolina de Medeiros, outra advogada do marceneiro, o rapaz voltou a trabalhar na semana passada. "Ele não conseguiu voltar para Joaçaba ainda. Só sei que ele está em uma cidade vizinha e trabalhando em outra serralheria."