O juiz da 13ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcantara, submeteu o policial militar  Wellinton Martins dos Santos a julgamento pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado contra Darlan Afonso Ferreria. O fato aconteceu no dia 18 de outubro de 2009, por volta da 1 hora da manhã, próximo ao Colégio Estadual Jardim das Aroeiras, nesta capital.

Na noite do fato, a vítima estava na porta da casa de sua amiga Solange, conversando e bebendo com ela, familiares e Elaine até de madrugada, quando resolveram ir embora. Então, saíram a pé Solange e Darlan para levar Elaine em casa. Chegando na casa da moça, um gol vermelho, conduzido pelo acusado, passou lentamente pelo grupo, momento em que Wellinton os parou para peguntar se tinham drogas, mas Solange respondeu que não e continuaram andando. Logo depois, o acusado desceu do carro e com uma arma desferiu várias coronhadas na cabeça de Darlan, causando sua morte, e fugiu em seguida. Pouco tempo depois, a polícia encontrou Wellinton na Boate Capitólio, na Vila Pedroso, atirando para o alto, momento em que foi preso em flagrante.

Em seu depoimento, o acusado afirmou que não teve a intenção de matar a vítima, tendo em vista o fato de ter apenas golpeado Darlan com a arma e não atirado contra ele. Segundo o magistrado, não há elementos nos autos comprovando que o acusado queria matar a vítima, porém ele assumiu o risco da morte aplicando-se o dolo eventual. Jesseir entendeu que  as qualificadoras de emboscada, dissimulação e análoga à traição não se aplicam ao caso. O réu permaneceu preso por mais de sete meses, colocado em liberdade por excesso de prazo e permanecerá em liberdade até o julgamento do Júri.