Relatório da polícia aponta fraude em contabilidade, uso de empresa laranja e suposto tráfico de influência pela operadora. Caso agora está no MP

A Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal iniciam investigação sobre evasão de divisas, sonegação fiscal e falsificação de documentos pela Spcobra Instalações e Serviços, Elecnor, Isolux, Consórcio Expasion, Cachoeira Paulista, Cobra e outras empresas prestadoras de serviços à Telefônica. Somente a evasão de divisas, em verificação preliminar por amostragem, ultrapassaria R$ 134 milhões. A apuração é parte de inquérito da polícia de São Paulo, que investiga denúncia do dono da Spcobra, Armando Kilson Filho, que prestava serviços à Telefônica.

Informações obtidas pelo DIÁRIO mostram que uma das empresas investigadas teria desviado cerca de R$ 10 milhões, segundo dados do Instituto de Criminalística. De acordo com relatório da polícia, há documentos que mostram que a Telefônica tinha em seu sistema de contas a pagar e contábil notas fiscais fictícias, cuja origem era a Spcobra.

A primeira investigação sobre o assunto teve início em 1999, no 1º DP (Centro) de São Paulo. O inquérito chegou a ser arquivado, sem que nada fosse provado. No ano passado, a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) abriu nova ação para investigar as denúncias de Armando Kilson Filho contra a Telefônica. No inquérito 117/03, Kilson Filho acusa a Telefônica de ter provocado a falência da Spcobra.