Desde os primórdios das redes sociais na internet, em 1995, foi comum a ação de criar um perfil fake. Alguns por mera diversão, outros  para agir de modo diferente, ou seja, assumir uma personalidade virtual. Ter mais voz.

Os perfis fakes, sempre causaram uma inquietação, medo e preocupação entre os usuários da internet.  Afinal, nunca se sabe quem está do outro  lado.  Contudo, a certeza é que o perfil fake ajuda o indivíduo que o criou a se comunicar de forma mais livre.

De acordo com o relatório de Padrões de Comunidade,  o Facebook apontou 13,7 bilhões de contas fakes dentro de sua rede, uma queda de 23% comparado com o ano de 2020.

Alternativa a recrutadores?

Mas, se esse fosse um novo caminho para os recrutadores conhecerem um pouco mais sobre a vida dos candidatos que estão à concorrência de um novo emprego.

Isso faria do perfil fake uma boa possibilidade de filtros empresariais? Na entrevista de emprego, o comportamento do entrevistado e do recrutador, tende a ser mais formal, objetivo, prático e até sobrecarregado.

Este comportamento, comumente, faz o candidato criar uma 'personagem" para ir bem. Até aí, tudo bem. Quem precisa do emprego, precisa mesmo vender o seu peixe da melhor maneira. O problema é que neste processo, a sinceridade nem sempre impera. Por isso, o perfil fake dá aos recrutadores mais informações sobre o candidato.

Ideais políticos, vida pessoal, amigos, gostos pessoais ou culturais podem ser mais evidentes e estas informações ajudam a montar a persona do candidato.

Advogados, trabalhistas e recrutadores indicam que o mau uso das redes sociais pode gerar até demissões, por justa causa inclusive.

Usar o perfil fake para análise profissional é o mesmo que um caso de detetive particular interno dentro das empresas, onde a pessoa disfarçadamente conhece o seu entrevistado, como se fosse só mais uma pessoa dentre as várias que ela possui em sua rede de fotos e compartilhamentos.

Perfil fake com objetivo investigativo

Então, hoje, o perfil fake, serve de fator investigativo dentro do mundo corporativo e empresarial, e funciona como ponte para os agenciadores conhecerem mais de perto como é a vida real de seus colaboradores.

De acordo com a pesquisa do Ibero Brasileiro, de Relacionamento com os clientes, mostram que é crescente o interesse das empresas conhecerem como os funcionários se portam e pensam fora do mundo do trabalho diário, onde parece que dentro daquela carga de horário vestem a capa do “neutro” e "imparcial", mas fora, carregam bandeiras, ideias e compactuam com vários pensamentos, e o objetivo deles é: descobrir se esses pensamentos vão de acordo com as concepções da empresa.

E me diga, você se sente seguro com as suas redes sociais caso seu chefe entre para entender mais quem é você?