Pai de Eloá é condenado a 33 anos de prisão em mutirão do júri em AL

Everaldo e Cição foram condenados ainda a pagar R$ 800 mil por danos morais e materiais às famílias das vítimas do crime. Agora cabe à polícia localizar e capturar os dois condenados, que estão foragidos.

Fonte: CNJ

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O ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas Everaldo Pereira dos Santos, foi condenado, neste sábado (07/11), a cumprir 33 anos, seis meses e 23 dias de prisão pela prática de homicídio triplamente qualificado, cometida em 1991, na capital, Maceió (AL). Everaldo, que é pai de Eloá Cristina Pimentel - morta no ano passado pelo ex-namorado em Santo André (SP)- foi condenado juntamente com o ex-cabo Cícero Felizardo, o Cição, por assassinar o delegado Ricardo Lessa e seu motorista particular, Antenor Carlota da Silva em Alagoas. O delegado era irmão do ex-governador do estado Ronaldo Lessa. A decisão foi tomada depois de 9 horas de julgamento,em um dos 54 tribunais do Júri, realizados simultaneamente neste sábado, promovido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) em parceria com o Programa Integrar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Everaldo e Cição foram condenados ainda a pagar R$ 800 mil por danos morais e materiais às famílias das vítimas do crime. Agora cabe à polícia localizar e capturar os dois condenados, que estão foragidos. O julgamento, presidido pelo juiz da 9ª Vara Criminal de Maceió, Geraldo Amorim, ocorreu sem a presença do réu, que está foragido desde 1993. De acordo com o juiz, a prática passou a ser permitida depois da alteração da Lei 11.689, feita no ano passado. "Agora, a lei permite que os réus que tomaram ciência da acusação e não se apresentaram, sejam julgados sem estar presentes", explicou Amorim. O delegado Ricardo Lessa e seu motorista foram metralhados a caminho do bairro da Serraria, em Maceió. O motivo do crime, segundo consta na sentença proferida pelo juiz, era "calar" Lessa, que estava investigando o assassinato do responsável pela morte de uma "pessoa de confiança" do ex-coronel Manoel Cavalcante, líder da "Gangue Fardada de Maceió". Cavalcante atualmente está preso.

O promotor do caso, José Antonio Malta Marques, apresentou durante o júri um laudo pericial confeccionado por profissionais do Instituto de Criminalística (IC) de Alagoas, o qual comprova que os fios de cabelo encontrados no carro dos assassinos são de Everaldo e Cição. Por outro lado, o advogado de defesa, Givan de Lisboa Soares, que estava presente no julgamento, tentou defender a inocência de seus clientes, argmentando que um outro laudo pericial emitido em São Paulo, indicava o contrário.

Mais longe - Após a sentença condenatória, o advogado disse "achar" que seus clientes não se entregarão à polícia porque já ficaram 18 anos fugindo e acreditam que são inocentes. Ele disse que "nunca teve contato com os réus", já que ele foi destacado para defender o caso devido à renúncia do advogado titular, que tem 88 anos. "Aconselharia que eles fossem cuidar da vida deles, porque já sofreram demais". Ele acrescentou ainda que eles deveriam ir de onde estão para mais longe. "Pelo menos a sociedade alagoana ficaria livre desse tipo de pessoa", concluiu.

Em sua sentença, o juiz Amorim ressaltou que o crime praticado pelos réus resultou em graves consequências para a sociedade, por criar uma sensação de ausência de Estado. "Não se pode mais tolerar essa banalização da violência em Alagoas, é preciso conter a impunidade no estado", enfatizou o juiz. Ele elogiou o apoio dado pelo CNJ na realização do mutirão e na reestruturação das Varas de Maceió, por meio do Programa Integrar. "O CNJ veio em boa hora para cobrar a revisão dos processos evitando assim a impunidade", destacou. Já o promotor Malta Marques acrescentou que o Ministério Público de Alagoas está à disposição para colaborar nesse trabalho, sobretudo no cumprimento da Meta 2, de concluir todos os processos que ingressaram na Justiça antes de 31 de dezembro de 2005.

Palavras-chave: Eloá

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