Pai é preso por estuprar duas filhas no interior de Santa Catarina
Homem teve seis filhos com as duas e a mais nova está grávida; mãe sabia dos crimes, mas tinha medo de denunciar
Já está no Presídio Regional da cidade de Mafra (a 310 km de Florianópolis) um homem de 45 anos acusado de estuprar por vários anos as duas filhas e ter três filhos com cada uma delas no município de Rio Negrinho, no interior de Santa Catarina.
Conforme o delegado da Polícia Civil de Rio Negrinho, Thiago de Freitas Nogueira, ao ser preso o acusado - cujo nome está sendo mantido em sigilo para preservar a identificação das vítimas - confessou os crimes. A operação policial foi realizada na sexta-feira, 11, após denúncia anônima, e divulgada nesta segunda.
De acordo com o policial, o detido admitiu os crimes e disse que não havia necessidade de fazer exame de DNA com as crianças, pois todas são filhas dele. Ele foi autuado pelos crimes de estupro de vulnerável - pelo abuso praticado contra as duas filhas quando elas ainda eram menores de 14 anos - e estupro comum, após elas terem completado os 14 anos. A pena mínima para estupro de vulnerável é oito anos de reclusão e para estupro comum, seis anos.
Pelos cálculos do delegado Thiago de Freitas Nogueira, se condenado, o acusado - na somatória dos crimes - poderá ser sentenciado a 30 anos de reclusão.
Grávida
Além das seis crianças, a filha mais nova, que hoje tem 22 anos, está grávida do quarto filho dele. Nos depoimentos, foi esclarecido que as duas meninas eram molestadas pelo pai desde pequenas. Hoje, a mais velha tem 24 anos. As investigações apuraram que a mãe delas sabia de tudo, mas nunca teve coragem de denunciar. Ela alegou que também era vítima do marido.
Segundo os relatos feitos ao delegado Nogueira, as mulheres eram ameaçadas e constrangidas. O acusado dizia que, se fosse denunciado, colocaria fogo na casa, fugiria com as crianças e as abandonaria pelas ruas da cidade, sem dinheiro e desabrigadas. As vítimas não eram mantidas em cárcere privado, mas viviam isoladas na área rural, não frequentaram a escola, não iam à igreja ou a locais públicos sozinhas.